Otimismo confirmado
O Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos de agosto registrou 129 pontos na média de todas as regiões, contra 126 em julho, e 139 em agosto de 2008. Por regiões: a Nordeste se recupera crescendo 8 pontos em agosto (mais do que a média do Brasil) com 109 pontos em agosto, contra 101 em julho, embora ainda seja a menos otimista. A região Sul passou a liderar entre as mais otimistas, com 138 pontos em agosto, vindo logo em seguida a Norte e Centro-Oeste, com 137 pontos e Sudeste, com 136 pontos.
Por classes sociais: a classe C continua a mais otimista com 137 pontos (estava com 132 em julho), seguidas pelas classes D/E com 125, enquanto a classe A/B é a menos otimista com 118, tendo uma queda de 9 pontos.
Em agosto, o número de consumidores que se sentem mais seguros no emprego continua liderando com 36% dos entrevistados, contra 31% que se dizem menos seguros, ou menos confiantes. Além disso, o número de pessoas conhecidas dos entrevistados que perdeu o emprego, que estava estável em 4,5 em julho, em agosto caiu 4,4, mas ainda superior aos 3,7 de igual período em 2008.
Quanto ao futuro, as chances de perder o emprego nos próximos seis meses são grandes para apenas 20% e pequenas para 33% dos entrevistados. Isso significa que o consumidor vai reforçando a percepção de que quem não perdeu o emprego até agora, não vai perdê-lo nos próximos seis meses.
Essa avaliação indica a possibilidade da volta do consumidor ao mercado de compras a prazo, com 41% dos entrevistados mais favoráveis à essas compras, contra 37% menos favoráveis.
Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados acham a economia da sua região vai ficar mais forte a apenas 13% avaliam que vai ficar mais fraca. Enquanto isso, para 55% dos entrevistados, a sua situação financeira pessoal tende a melhorar , enquanto 11% acham que ficará pior.
O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, fez uma análise dessa melhora do Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos: "Felizmente, as nossas previsões otimistas foram confirmadas pela pesquisa e pelos fatos. Portanto, para nós empreendedores é um momento de reflexão, otimismo, e estímulo para continuarmos lutando para que a crise se torne, efetivamente, coisa do passado, sem deixar saudades".
O Índice varia de zero a 200 pontos, sendo que acima de 100 pontos está na região do otimismo e do pessimismo abaixo de 100 pontos. A pesquisa faz mil entrevistas domiciliares por mês, em nove regiões metropolitanas e 70 cidades do interior brasileiro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.