Cenário Econômico

Texto: Redação Revista Anamaco

A reabertura gradual do comércio em diversas regiões e cidades do Estado de São Paulo tem reanimado a confiança dos empresários do setor. É o que mostra o Índice IFECAP, que marcou 90,89 pontos em julho, uma alta de 2,34% em comparação a junho. Na comparação com julho de 2019, o indicador aponta uma queda de 26,54%. Apesar da elevação no mês, o resultado ainda está abaixo dos 100 pontos, refletindo pessimismo, de acordo com a metodologia do índice.
De acordo com o Instituto de Finanças Fecap, o Índice Momento Atual foi o indicador que sofreu maior aumento (+14,95%) na comparação com junho, registrando 75,33 pontos. Os resultados foram impulsionados por uma melhora nas vendas (+14,12%), encomendas (+15,03%) e situação geral dos negócios (+15,61). Em comparação com julho do ano passado, o indicador ainda aponta pessimismo, com queda de 28,10%.
A pesquisa aponta, ainda, que o Índice Futuro, que registra as expectativas para os próximos três meses, apresenta queda de 7,67% na comparação com junho, atingindo 114,23 pontos. Este é o único índice que ainda supera a faixa de 100 pontos, aquela que indica otimismo nos negócios. O valor ainda se encontra 24,92% abaixo do registrado em julho de 2019.
Já o Índice Futuro, que mede as expectativas de vendas para os próximos três meses registrou uma baixa de 10,70% (112,10 pontos), quando comparado com o mês anterior. As expectativas de encomendas futuras também registram queda, mas em menor grau, sobre junho, alçando 116,37 pontos (-4,55%).
Allan S. de Carvalho, economista e pesquisador do Instituto, avalia que a melhora na expectativa dos empresários se deve à flexibilização da economia, que permitiu a ampliação do horário de funcionamento do comércio paulista. "Apesar da aplicação de novas regras de flexibilização, que permitiram maiores vendas do comércio, percebe-se que os empresários temem um retrocesso das medidas adotadas, com um possível aumento de casos da Covid-19, como o ocorrido em algumas cidades do interior. Ademais, outros fatores econômicos afligem as expectativas futuras, tais como o desemprego, manutenção do auxílio emergencial e oportunidades de crédito", opina.
A pesquisa é sempre realizada na semana do dia 15 do mês corrente, composta por questões qualitativas, que captam a percepção do empresário em relação ao desempenho de sua empresa, classificadas em microempresas, pequenas, médias e grandes empresas.

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