Otimismo maior

Otimismo do comércio sobe em abril e atinge o maior patamar desde 2014

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 114,5 pontos em abril, o maior patamar verificado desde 2014. Na comparação com março, o indicador evoluiu 1,3%, na série com ajuste sazonal. Já ante o mesmo período de 2017, o aumento foi de 11,9%.
O resultado deve-se, principalmente, à melhor avaliação das condições correntes por parte dos comerciantes, que apresentou o sexto aumento mensal consecutivo, com alta de 2,0%, na série com ajuste sazonal.
Apesar de ainda situar-se na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), o subíndice chegou a 91,1 pontos, um incremento relevante de 30,1%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Neste abril, 48,8% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano.
Em relação a 2017, a percepção dos varejistas sobre as condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para a economia, com aumento de 41,0%. Em abril, 44,6% dos entrevistados consideram que a economia está melhor do que há um ano.
Segundo a CNC, as expectativas dos comerciantes no curto prazo são as maiores desde dezembro de 2013. O componente se mantém na zona positiva, com 158,7 pontos, um aumento de 1,2% em relação a março e 4,3% na comparação anual.
As perspectivas no curto prazo em relação ao desempenho do comércio (+4,8%), da própria empresa (+3,0%) e da economia (+5,1%) melhoraram em comparação com o mesmo período de 2017. Na avaliação de 91,8% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente.
O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio teve leve aumento mensal de 1,1%, com destaque para o aumento da intenção de contratação de funcionários (+1,6%).

Na comparação com 2017, a reação mais significativa se verifica nas intenções de investimento nas empresas (+18,2%). No auge da crise do varejo, foram fechados 226 mil estabelecimentos comerciais no Brasil. Em 2017, apesar do saldo ainda negativo (-19,3 mil), registrou-se retração de 82% no fechamento de lojas. Nos três últimos meses do ano passado, já foi possível perceber o início de um processo de recuperação em alguns estados, e a CNC projeta abertura líquida de 20,7 mil novos pontos comerciais ao fim de 2018.

Otimismo do comércio sobe em abril e atinge o maior patamar desde 2014
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