Otimismo do varejo melhora em outubro e reverte parte do pessimismo de setembro - Revista Anamaco

Pesquisa Tracking

Otimismo do varejo melhora em outubro e reverte parte do pessimismo de setembro

Texto: Redação Revista Anamaco

Com análise dos dados feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar os resultados da Pesquisa Tracking de outubro.
De acordo com o estudo, no mês, a percepção dos varejistas de material de construção registrou melhora, revertendo parte do pessimismo registrado em setembro. Em outubro, as assinalações de alta nas vendas correntes chegaram a 25% contra 21% no mês anterior, enquanto a percepção de queda foi de 29% contra 33% em setembro. Na comparação interanual, no entanto, houve melhora significativa. Em outubro de 2022, as avaliações otimistas sobre as vendas correntes foram de apenas 17% do total de respostas, enquanto as pessimistas representaram de 28%.
Considerando as expectativas para as vendas nos próximos três meses, os resultados de outubro revelam queda sazonal dos níveis de otimismo, movimento típico dos meses finais do ano. Assim, na comparação com setembro passado, as assinalações otimistas passaram 62% para 57%. Em outubro de 2022 esse indicador era de apenas 37%.
Na análise por região, a pesquisa indica que houve melhora nas indicações de alta nas vendas correntes em todo o País, exceto no Sul. No Norte e no Nordeste o sentimento positivo chegou a 30% das respostas. No Centro-Oeste a alta foi de 29% e de 23% no Sudeste. No Sul, as avaliações positivas em outubro foram de apenas 18%, com queda de dois pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Quanto às expectativas para os próximos três meses, a queda nas assinalações otimistas também foi sentida em todas as regiões. Mas os indicativos de alta esperada permaneceram sempre acima de 50% das respostas, exceto na região Centro Oeste (49%). A Região mais pessimista foi o Sudeste, onde as expectativas de queda nas vendas nos próximos meses chegaram a 19% das respostas, acima da média nacional (14%). Apesar da relativa melhora na avaliação das vendas correntes, o indicador relativo ao mês atual permaneceu abaixo do nível de neutralidade (100), passando de 89 pontos para 96 pontos. Ainda assim, superou a marca de outubro de 2022 em 10 pontos percentuais.
A média móvel de três meses, por sua vez, seguiu refletindo as quedas recentes, tendo recuado de 100 pontos para 97 pontos, enquanto o indicador de expectativas registrou a queda típica da reta final do ano, tendo passado de 155 pontos em setembro para 143 pontos em outubro, nível ainda bem acima da neutralidade (100 pontos). Há um ano, o mesmo indicador de expetativas havia sido de 115 pontos. Movimento semelhante ocorreu com a média móvel, que passou de 156 para 150 pontos entre setembro e outubro.
No recorte por especialidade das lojas, os resultados de outubro foram variados. No que se refere às vendas correntes, as assinalações de alta ficaram sempre abaixo de 26%, exceto nas lojas especializadas em itens de pintura, categoria geralmente beneficiada com a proximidade das festas de fim de ano. Nelas, as assinalações de alta em outubro chegaram a 32%. Outro destaque se refere ao varejo de produtos básicos, categoria na qual as assinalações otimistas tiveram a maior alta frente a setembro, passando de 14% para 25% das respostas.
Quando se analisa o comércio pelo porte (número de funcionários) o tracking Anamaco de outubro revelou um perfil de sentimento  homogêneo em relação às vendas correntes. Os percentuais de respostas otimistas chegaram a 24% nas lojas pequenas (até nove colaboradores) tendo sido de 27% tanto nas médias (entre 10 e 49 funcionários) quanto nos home centers (mais de 99 colaboradores).
Os lojistas também foram questionados sobre o que esperam das ações do governo para os próximos doze meses. A pesquisa indica que houve ligeira melhora no sentimento dos entrevistados em outubro na comparação com o mês anterior. As percepções otimistas passaram de 33% para 36%, enquanto as pessimistas recuaram de 30% para 28%.

Foto: Adobe Stock

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