Para 70% dos brasileiros, economia do País está ruim ou péssima
Texto: Redação Revista Anamaco
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do Instituto FSB, revela que sete em cada dez brasileiros consideram a situação econômica atual do Brasil ruim ou péssima. Para 80% dos entrevistados, essa é uma das piores crises econômicas que o País já enfrentou. Apenas 22% acreditam que, em comparação com os últimos seis meses, a economia melhorou. Para 56%, ela piorou.
O estudo mostra, ainda, que a visão de futuro está dividida: 34% estão otimistas e acreditam que a situação vai melhorar um pouco (27%) ou muito (7%); outros 27% acham que ela vai permanecer estável e 32% estão pessimistas. Para estes últimos, a economia ainda vai piorar muito (17%) ou um pouco (15%).
Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, observa que um olhar atento e qualificado para o cenário internacional mostra que os países que conseguiram melhor enfrentar a crise econômica gerada pela pandemia foram aqueles que contam com uma indústria forte. “A solução para reverter a situação em que o Brasil se encontra passa, necessariamente, pelo investimento em inovação e pela aprovação de reformas estruturantes que melhorem o ambiente de negócios no País. Esse é o caminho para gerar emprego e renda”, avalia Andrade.
O levantamento mostra que o medo de perder o emprego interrompeu uma série de quedas durante a pandemia e voltou a crescer, de 52%, em julho, para 61% em novembro. Para 16%, o temor é muito grande, para 24%, é grande e para 21%, médio. O percentual dos que não têm qualquer receio encolheu de 32% para 21% da população empregada.
Para agravar a situação, 64% dos entrevistados afirmam que a economia brasileira ainda não começou a se recuperar da crise e 52% acreditam que essa recuperação vai levar mais de um ano para ocorrer ou não vai acontecer. O percentual é a soma daqueles que pensam que ela vai ocorrer de um ano até dois anos (16%), em mais de dois anos (36%). Para 4%, essa recuperação não vai ocorrer.
Ainda segundo a pesquisa, para 73% da população a inflação aumentou muito (51%) ou um pouco (22%) nos últimos seis meses e três em cada quatro brasileiros (75%) diz que sua situação financeira foi afetada pelo aumento dos preços. A maioria dos entrevistados acredita que a situação ainda deve piorar nos próximos seis meses. De acordo com 29% dos brasileiros, a inflação ainda deva aumentar muito e para 25% ela ainda vai subir um pouco.
Diante das dificuldades, o levantamento apurou que 74% dos entrevistados tiveram de reduzir os seus gastos, percentual igual a maio de 2020, no início da pandemia. Entre aqueles que afirmaram que diminuíram as suas despesas, 58% afirmam que a redução foi muito grande (20%) ou grande (38%). Os percentuais de redução de gastos são os maiores registrados pela pesquisa desde o início da pandemia: 18 pontos percentuais acima do segundo maior índice (40%) registrado em maio de 2020 e abril de 2021, momentos em que a pandemia estava em momentos mais agudos.
A pesquisa entrevistou 2.016 brasileiros com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro no total da amostra é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
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