Paulistano está menos endividado
Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) mostram que pelo segundo mês consecutivo, os paulistanos registraram queda no nível de endividamento.
Os resultados da pesquisa apontaram que, 45,7% das famílias possuem algum tipo de dívida, frente aos 48,3% apurados em abril. Em números absolutos, o total de famílias endividadas caiu de 1,732 milhão em abril para 1,639 milhão em maio.
O ano começou com níveis de endividamento mais elevados, acima de 50% chegando a 53,8% em fevereiro, por conta das dívidas contraídas no Natal, porém o índice começou a apresentar redução a partir de março.
A queda do endividamento pode ser justificada pela redução no nível de confiança do consumidor nos últimos meses. Atrelado a isso, a melhoria das condições de emprego e renda possibilitou equilíbrio da situação financeira do consumidor.
Entre os consumidores que possuem contas em atraso houve estabilidade em 14% em maio, em relação a abril. Isso demonstra que o consumidor embora já esteja sentindo os efeitos da elevação do preço nas suas compras, consegue administrar melhor suas dívidas.
Quem está com as contas em atraso, 46,3% tem atrasos há mais de 90 dias, outros 24,8% até 30 dias, enquanto que 24,4% estão com dívidas atrasadas entre 30 e 90 dias. O tempo médio ficou em 62,87 dias. Dentre os consumidores com dívidas, as maiores incidências estão nos prazos por mais de um ano (30,4%) e em até três meses (22,8%).
O restante divide-se entre os períodos: entre três e seis meses (18,5%) e entre seis meses a um ano (23,3%). O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito para 68,5% dos paulistanos, seguido pelos carnês (21,3%), crédito pessoal (19,2%), financiamento de carro (9,6%), cheque especial (8,5%), entre outros.