Paulistas dispostos a comprar
Texto: Redação Revista Anamaco
O consumidor paulista está mais disposto para comprar e adquirir bens de maior valor e duráveis tais como, carro, casa, geladeira e fogão. A apuração é do Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP) elaborado, para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), pela PiniOn. O indicador registrou, neste primeiro mês do ano, 107 pontos, o que representa um aumento de 3,9% em relação a dezembro, e de 23% sobre o mesmo mês do ano passado.
O ICCP apresenta tendência crescente desde maio de 2021, avançando no campo otimista (acima de 100 pontos) desde outubro do ano passado, quando interrompeu a longa permanência no patamar pessimista (abaixo de 100 pontos), iniciada em março de 2020, começo do período de isolamento social.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, avalia que entre os motivos para essa disposição é a percepção positiva das famílias em relação à sua situação financeira e pelo sentimento de segurança no emprego. “A expectativa sobre emprego, renda e a economia brasileira em geral melhora a cada leitura do ICCP, coincidindo com o comportamento observado no indicador nacional (INC)”, explica.
A sondagem apresenta um recorte por classes sociais. O indicador registrou aumento na confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes a todos os extratos socioeconômicos, com avanços no campo otimista para as classes AB e C.
O Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 99 pontos em janeiro, aumentando 5,3% em relação ao mês anterior e se aproximando do campo otimista. Na comparação com igual mês de 2022, o ICCSP mostrou crescimento mais intenso do que o índice estadual (23,7%).
A pesquisa mostra que a percepção com relação à situação atual e as expectativas são bastante parecidas com as registradas para o indicador estadual, mostrando melhoras em termos do sentimento sobre emprego e renda no presente e no futuro, o que se reflete em maior disposição a comprar e a investir.
Com relação à evolução da confiança dos consumidores da cidade de São Paulo, distribuídos por classes socioeconômicas, o comportamento crescente é similar ao ICCP para todas elas, com aumento mais pronunciado na confiança dos entrevistados pertencentes à classe DE. “Os resultados do ICCP e do ICCSP de dezembro seguem trajetória similar ao indicador nacional (INC), com recuperação da confiança baseada tanto na melhora da percepção em relação à situação financeira atual das famílias, como nas expectativas sobre o futuro. Essa melhora generalizada da confiança, do ponto de vista econômico, se explica pela maior geração de empregos e pelo consequente aumento da renda, apesar da desaceleração observada na atividade econômica”, finaliza Gamboa.
Foto: Adobe Stock