Perspectivas favoráveis - Revista Anamaco

Panorama da Pequena Indústria

Perspectivas favoráveis

0850Texto: Redação Revista Anamaco

Pequenas indústrias brasileiras estão com perspectivas favoráveis para os próximos meses, segundo o Panorama da Pequena Indústria, pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A constatação está no Índice de Perspectivas do setor, que apresentou alta de 0,6 ponto na passagem de março para abril e de 1,6 ponto na comparação entre abril de 2023 e abril de 2024, atingindo a marca de 49,2 pontos. “O aumento dessas expectativas pode ser relacionado aos anúncios do governo sobre medidas de apoio ao setor, como Brasil Mais Produtivo e o Desenrola MPEs, mas essa edição do PPI ainda não capta os efeitos decorrentes do anúncio do novo programa Acredita, anunciado no fim de abril”, avalia Paula Verlangeiro, economista da CNI.
Segundo ela, dos três setores - extrativo, de construção e de transformação - apenas a indústria de transformação apresentou índice de perspectivas abaixo da linha de 50 pontos, que divide expectativas altas das baixas, o que reflete o momento difícil que o setor está vivendo, sobretudo pelo forte impacto das taxas de juros elevadas.
O estudo também aborda o desempenho da atividade das indústrias de pequeno porte, situação financeira, expectativas, além de um ranking com os principais problemas enfrentados pelo setor no trimestre.
A pesquisa revela que o Índice de Desempenho das indústrias de pequeno porte oscilou ao longo do primeiro trimestre e encerrou o período com 44,6 pontos. Já o Índice de Situação Financeira recuou 1,7 ponto, de 42,2 pontos para 40,5 pontos. Apesar da queda, que revela uma piora da situação financeira, independentemente do segmento industrial, o indicador permanece acima da média histórica de 38,4 pontos. Esse resultado trimestral é calculado com base na margem de lucro operacional, na situação financeira e no acesso ao crédito.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as indústrias de pequeno porte, por sua vez, foi de 49,7 pontos, queda de 1,6 ponto frente a março. Segundo a pesquisa, o principal fator que fez o indicador recuar foi a avaliação negativa das condições correntes da empresa e da economia brasileira.
No primeiro trimestre, os empresários indicaram que a elevada carga tributária se encontra em primeiro lugar no ranking de principais problemas enfrentados pelas indústrias de transformação e da construção com, respectivamente, 38,7% e 32,0% de citações. “Esse problema figura nas primeiras posições com frequência e confirma a percepção dos industriais acerca do sistema tributário brasileiro, que é considerado complexo”, afirma a economista.
A falta ou o alto custo de trabalhador qualificado ficou em segundo lugar para a indústria da construção, assinalado por 28,2% dos industriais, aumento de 1,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior. Para a indústria de transformação, o item ficou em terceiro lugar, assinalado por 25,6% dos pequenos empresários, também com alta de 1,2 ponto percentual.

Foto: Adobe Stock

 

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