Economia

Pesquisa aponta 63,1 milhões de brasileiros com o CPF negativado no País

Texto: Redação Revista Anamaco

O encerramento do ano se aproxima e a inadimplência do consumidor segue em patamares recordes. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que o volume de consumidores com contas em atraso e registrados em listas de inadimplentes cresceu 6,03% em novembro na comparação com igual mês do ano passado. Trata-se do crescimento mais acentuado para os meses de novembro desde 2011, quando a alta observada fora de 8,10%.
Na passagem de outubro para novembro, sem ajuste sazonal, também houve uma aceleração no volume de atrasos, com crescimento de 1,9% no período. O País encerrou o mês com, aproximadamente, 63,1 milhões de brasileiros com o CPF negativado em virtude de atrasos no pagamento de contas. Isso faz com todo esse contingente de consumidores enfrente dificuldades para obter crédito, seja por meio de financiamentos e empréstimos em instituições financeiras ou compras a prazo no comércio.
A Região que mais contribuiu para a alta da inadimplência no período foi o Sudeste, cujo crescimento foi de 12,5%. Ela foi seguida pelo Sul: 2,1%; Nordeste: 1,6% e  Norte: 1,4%. A única região a registrar recuo foi o Centro-Oeste: 2,7%.
Outro dado do indicador é o volume de dívidas em nome de pessoas. Nesse caso, houve uma alta de 4,77% em novembro frente o mesmo mês de 2017. O dado representa uma forte aceleração, uma vez que em novembro do ano passado, a quantidade de dívidas havia caído 3,8%.
A abertura por setor da economia revela que as dívidas bancárias, que englobam cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos, foram as líderes no ranking de crescimento, com alta de 10% no período. Em seguida surgem os atrasos com serviços de internet, TV por assinatura e telefonia: 9%. Já as contas básicas para o funcionamento da residência, como água e luz, cresceram 7,1%. O único setor a apresentar queda na quantidade de dívidas não pagas foi o comércio, que teve recuo de 6,6%.
De modo geral, as dívidas com instituições financeiras continuam ocupando a maior fatia do total de dívidas que estão em atraso no País: 51% das pendências são devidas a essas empresas. Logo depois aparecem os serviços de comunicação (15%), crediário no comércio (17%) e contas de água e luz (9%).

Foto: Fotolia

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