Pesquisa indica recuperação nas vendas do varejo de matcon
Texto: Redação Revista Anamaco
Com análise do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar o resultado de março do Termômetro Anamaco.
A pesquisa, realizada em um momento de queda da inflação - o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGPD-I) recuou 0,34% em março e o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cedeu 0,71% no mesmo mês -, indica recuperação das vendas no varejo de material de construção.
De acordo com o estudo, a percepção dos varejistas está em linha com o padrão sazonal típico do comércio, que acelera as vendas em março depois da “baixa” comum entre a virada do ano e fevereiro.
Nesse cenário, as indicações de alta no mês corrente passaram de 19% para 29% na comparação com fevereiro. Em março de 2022, esse indicador havia sido de 30%, o que confirma que o patamar de otimismo de março deste ano está em linha com o padrão típico do mês.
No sentido inverso, os varejistas que apontaram queda nas vendas de março passaram de 25% para 23%. Há um ano, o mesmo indicador havia sido de 24%. Com isso, o indicador Anamaco de vendas correntes voltou para o campo positivo: 104 pontos contra 89 pontos em fevereiro (100 pontos indicam neutralidade e números abaixo, pessimismo).
O estudo mostra que o indicador de vendas correntes voltou ao campo otimista depois de ter permanecido abaixo de 100 pontos desde agosto, quando o mesmo estava na marca de 110. Quanto às expectativas para os próximos três meses, houve forte acomodação das assinalações otimistas frente a fevereiro, mês em que o indicador havia apresentado alta muito expressiva.
No recorte regional, as assinalações de alta avançaram em todo o País. Essa melhora variou de três pontos percentuais no Sudeste (28% em março contra 25% em fevereiro) até 18 p.p. no Nordeste (30% em março contra 12% em fevereiro).
No outro extremo, as respostas pessimistas quanto às vendas em março recuaram frente a fevereiro também em todo o Brasil, exceto no Norte, Região em que essas assinalações passaram de 26% para 28% no período. Apesar da queda, as assinalações pessimistas foram sempre superiores a 23%, alcançando 32% na Região Centro-Oeste, onde chegaram a superar as assinalações de alta, que foram de 25%.
Outro dado apurado pelo levantamento indica que, de fevereiro para março, o otimismo, em relação às vendas futuras, caiu de 69% para 56%, enquanto o pessimismo atingiu 11% em março, contra apenas 2% em fevereiro.
Em março de 2022, os percentuais de respostas otimistas e pessimistas quanto às vendas futuras haviam sido de 53% e 8%, respectivamente, o que mostra que os números de março último estão dento do padrão sazonal para o mês.
No recorte regional, foi observado o mesmo padrão, com as expectativas otimistas recuando frente a fevereiro, exceto no Norte, e com as expectativas pessimistas avançando também frente ao mês anterior. A Região mais otimista em março foi o Norte (70% de expectativas de crescimento), enquanto a menos otimista foi o Sudeste (54%), seguida pelo Sul (55%).
Quando perguntados sobre expectativas em relação às ações do governo nos próximos doze meses, os varejistas estão mais pessimistas. Em março, 34% dos entrevistados estavam otimistas, contra 57% em fevereiro.
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