Pesquisa realizada pela CNC aponta que famílias estão mais propensas ao consumo
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 77,9 pontos em outubro, em uma escala de 0 a 200. O aumento de 1,4%, na comparação com setembro e representa a maior variação mensal do índice desde março de 2017. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice também cresceu: 5,4%.
Único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 107,4 pontos, o componente Emprego Atual aumentou 0,9% na comparação com o mês anterior. Em relação a outubro do ano passado, também houve melhora: 1,7%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,7%, ante 30,7% em setembro.
A percepção sobre a Renda Atual também apresentou aumento de 1,5% em relação ao mês anterior, a maior variação desde março (2,7%). Na comparação com 2016, o incremento foi de 1,6%.
A preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 93,1 pontos, o subitem apresentou queda de 0,9% na comparação mensal e de 5,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O item Nível de Consumo Atual atingiu 54,5 pontos, um aumento de 0,7% na comparação com o mês anterior e de 14,8% ante outubro do ano passado. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor que o do ano passado (59,3%, ante 59,6% em setembro).
Mesmo assim, a Perspectiva de Consumo registrou aumento de 5,4% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a alta é de 16,7%.
O componente Momento para Duráveis apresentou incremento de 2,3% na comparação mensal. Em relação a 2016, o aumento é de 16,7%. O item Acesso ao Crédito, com 71,7 pontos, registrou alta de 1,3% na comparação mensal e de 7,4% em relação a outubro de 2016.
O maior fôlego nas vendas em relação ao ano anterior levou a CNC a revisar de 2,2% para 2,8% sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final deste ano, reforçando, assim, a expectativa do primeiro crescimento anual das vendas do setor desde 2013.
Esse cenário se baseia na percepção de que a inflação deverá permanecer livre de pressões neste ano, permitindo que as taxas de juros mantenham a trajetória de queda.