Pesquisa tenta entender os consumidores
O Popai Brasil acaba de divulgar um estudo que mostra o comportamento do consumidor nas lojas de material de construção.
O estudo, que envolveu 1.949 entrevistas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre (RS), revelou que, o índice de decisão de compra no ponto-de-venda entre os consumidores finais é de 71%, sendo que apenas 29% dos produtos comprados já tinham marca definida. Entre os consumidores profissionais, o índice de decisão de compra é de 56%, tendo marca já definida, 43% dos produtos.
Outro dado observado revela que 63% dos consumidores finais são do sexo masculino e 37% do sexo feminino. Entre os profissionais, as mulheres representam 6% do público, um número considerado representativo no canal, o que indica uma oportunidade de comunicação mais dirigida no PDV. Quando o assunto é classe social, o estudo mostra que a maior parte dos compradores de material de construção é da classe "B", representada por 52%, seguida pela "C", com 31%, da "A", com 14% e da classe "D", com 3%.
A pesquisa revela também que, a idade média dos consumidores é 40 anos e o ticket médio dos compradores no canal da construção é R$ 110. Outro resultado, ainda em relação aos gastos efetuados nas lojas, revela que 67% das compras realizadas foram pagas em dinheiro.
Entre os principais motivos de compra, estão à reforma e manutenção, com 40% e o reparo e conserto, com 30%. Um resultado interessante visto que, 69% dos compradores são os próprios responsáveis pelo uso do material, o que reforça a característica já vista de obras autogeridas no Brasil.
A preferência pelo atendimento assistido é comum para os perfis consumidor e profissional, 69% dos entrevistados pedem auxílio de um vendedor e 33% preferem atendimento com um especialista de cada setor. O fato pode ser explicado pela natureza dos itens vendidos, uma vez que, grande parte exige explicação técnica e garantia de recomendação de profissionais que conhecem as categorias.
Percebeu-se também que, dos entrevistados que costumam pesquisar preços, 89% o fazem visitando outras lojas, em destaque para a internet como segunda opção, que aparece mais presente entre mulheres jovens, de classe "A" e consumidoras de home centers.
Indicadores do levantamento mostram que os consumidores domésticos são mais suscetíveis às compras de impulso que os profissionais, principalmente pelo fato desses últimos terem maior familiaridade com as categorias e, portanto, maior planejamento e foco no momento da compra.
O estudo revela ainda que, a localização é o primeiro fator de escolha da loja, apontado como motivo principal por 57% dos entrevistados, seguido por preço, com 48% e variedade de produto0,s com 38%.