Pesquisa Tracking mostra alta nas vendas de material de construção em julho
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) divulgou, hoje, o desempenho do varejo de material de construção em julho. De acordo com a Pesquisa Tracking, no período, as vendas das lojas do setor cresceram 3% em comparação a junho. Com relação ao mesmo mês do ano passado, houve retração de 3%. Já no acumulado do ano, a alta é 4% sobre o mesmo período de 2017 e nos últimos 12 meses, registrou crescimento de 7%.
O levantamento mostra que 61% dos revendedores sentiram que os resultados do mês foram prejudicados pelos jogos da Copa do Mundo. Por conta das partidas, as empresas readequaram seus horários de funcionamento, o que afetou o comércio.
O desempenho no mês ainda sofreu reflexos da greve dos caminhoneiros - que aconteceu em maio -, da alta do dólar e do aumento no valor do frete. “Fizemos uma sondagem, por meio do BusTracking e os lojistas de todas as regiões do País indicaram que os meses de maio e junho foram muito impactados por esses três fatores, causando reflexos também em julho”, explica Claudio Conz, presidente da Anamaco.
Produtos básicos como cimento, madeira, argamassa e areia foram os que mais sentiram os efeitos da paralisação, que causou atrasos nas entregas e na reposição de estoques, causando ruptura nas gôndolas. “O aumento do valor do frete prejudicou não apenas o material básico, como também pisos e revestimentos cerâmicos. Já os itens para pintura e material elétrico foram os mais afetados pelo o aumento do dólar”, observa Conz.
No período, as regiões Norte e Nordeste apresentaram crescimento de 3% e 2%, respectivamente, enquanto o Centro-Oeste teve variação negativa de 6%.
O “BusTracking”, que permite a inclusão de perguntas específicas no questionário, também indicou que 40% do setor está pessimista com relação às ações do governo. Apesar desse cenário, nos últimos meses aumentou, gradativamente, a pretensão dos lojistas fazerem novos investimentos (de 27% para 33%). No mesmo sentido, a intenção de contratar funcionários no próximo mês subiu de 30% para 33%. Cerca de 60% dos lojistas também esperam que as vendas em agosto sejam positivas.
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