População avalia que o Brasil está melhor
Texto: Redação Revista Anamaco
Passados os primeiros seis meses do ano, o brasileiro mantém a percepção de que o Brasil está melhor do que em 2023. Ao mesmo tempo, a maior parte da população ainda espera que a situação do País avance nos próximos meses, terminando o período melhor do que começou. Isso é o que apurou a terceira edição da pesquisa Radar Febraban.
Realizado entre os dias 28 de junho a 04 de julho, com duas mil pessoas nas cinco regiões brasileiras, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), o estudo mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o País. Além disso, mensura como a população percebe o endividamento e o uso do Pix.
De acordo com o levantamento, 46% avaliam que o Brasil melhorou em relação ao ano passado, mesmo percentual da pesquisa de abril. Também é praticamente estável o contingente que acha que a situação está igual ao ano passado: 31%, um ponto a mais que no levantamento anterior.
A mesma tendência de otimismo se verifica quanto à expectativa de melhora no restante do ano. Para 78%, o Brasil ou melhorará (55%) ou continuará da mesma forma (23%).
A pesquisa indica que a inflação continua sendo preocupação dos brasileiros em 2024. Elevou-se para 73% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito em comparação com os últimos seis meses. A percepção de queda dos preços, que chegou a 24% entre outubro e dezembro de 2023, reduziu-se a 9% em abril desse ano, ficando praticamente estável em julho (8%). O percentual dos que consideram que o quadro inflacionário permaneceu sem alterações é de 17%. “O brasileiro chega no início do segundo semestre do ano mantendo a tendência de sentimentos positivos, porém, cautelosos em relação ao País. De um lado, mantém a percepção de que a situação está melhor do que antes e expressa esperança de que a situação vai melhorar. Mas, a pressão dos preços de algumas categorias de produtos e de serviços, que continuam impactando no seu bolso, refreia a expansão do otimismo”, avalia Antonio Lavareda, sociólogo, cientista político e presidente do Conselho Científico do Ipespe
Quando o assunto é a avaliação da vida familiar e pessoal, o levantamento aponta para recuo. Para 42%, a percepção é de que a vida está igual ao ano passado e supera a de que está melhor (39%). A sensação de piora oscilou de 17% para 19% entre abril e julho.
A maioria tem uma expectativa favorável quanto à vida pessoal e familiar até o final do ano. Quase sete em cada dez brasileiros (67%) apostam que a situação irá melhorar no restante de 2024.
Outro dado apurado pelo Radar revela que a Saúde permanece sendo a primeira preocupação (31%) como área prioritária para ações do Governo na visão dos brasileiros; Emprego e renda, inquietação central de 23% dos brasileiros; Educação: 10% no ranking de prioridade; Inflação e custo de vida também cravaram 10%; Segurança permanece na quinta colocação, com 9% das citações; Fome e pobreza com 4% das menções.
A edição de julho mostra que é 38% a parcela de pessoas que acreditam que estarão menos endividadas este ano do que estavam em 2023. Uma segunda parcela (36%) não vê perspectiva de alteração no endividamento, seja para mais ou para menos. Por outro lado, o número dos que apostam que estarão mais endividados no final 2024 no cotejo com o mesmo período do ano passado mantém relativa estabilidade, oscilando dois pontos para cima (de 21% para 23%).
Outro item da pesquisa revela que a aprovação do PIX pelos brasileiros se mantém em índices muito elevados. Em abril de 2023, essa forma de pagamento contava com a aprovação de 89% da população; em julho deste ano, 95% têm opinião favorável.
Há um ano 77% da população declaravam utilizar o sistema, enquanto desde o início deste ano esse volume permanece em 92%. Atualmente, apenas 8% dos brasileiros dizem não ter adotado o PIX, enquanto em abril de 2023 eram 22%.
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