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O Índice de Preços no Varejo (IPV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) apresentou alta de 0,19% em setembro, ante queda de 0,07% em agosto. Dos 21 grupos analisados, seis acusaram queda: supermercados (0,08%), feiras (1,01%), eletroeletrônicos e outros (0,64%), óticas (0,03%), brinquedos (0,37%) e livrarias (0,15%). Já as atividades de vestuários, tecidos e calçados, material de construção, drogarias e perfumarias e padarias e açougues contribuíram para o resultado no fechamento de setembro. Com esse resultado, o IPV acumula 4,07% de elevação ao longo do ano e 5,61% no contraponto a agosto a igual mês de 2007. No mês, o segmento de material de construção alcançou a 15a. elevação consecutiva: 2,14%, ante 1,08% de incremento em agosto. No acumulado do ano, registra a maior variação dentre todos os grupos pesquisados pelo IPV: 14,10%. O resultado se deve ao aquecimento do setor imobiliário e, conseqüentemente, das vendas dos produtos do setor. Outro fator favorável é a elevada demanda por cimento somado a um problema interno de abastecimento deste produto, que elevou o preço, tendo sido cogitada a importação emergencial para suprir a demanda. Segundo a Fecomercio, as próximas semanas serão decisivas para ser ter a noção dos reflexos que as atuais turbulências registradas nos mercados financeiros e de câmbio terão sobre os preços internos. A volatilidade da taxa de câmbio e as magnitudes das valorizações diária do dólar deverão repercutir sobre os bens de consumo importados, em especial aqueles ligados ao setor de eletroeletrônicos e aparelhos de telefonia móvel. Por outro lado, a forte queda no preço internacional das commodities é um fator atenuante à alta do dólar, que pode contribuir positivamente para evitar pressões inflacionárias sobre esses produtos no mercado interno. O IPV coleta dados junto a cerca de 2 mil estabelecimentos comerciais no município de São Paulo.