Prefeitura de SP detalha plano de reabertura
Texto: Redação Revista Anamaco
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, detalhou hoje (28 de maio), durante entrevista coletiva on-line, como será a reabertura gradual das atividades econômicas na capital paulista. A cidade, classificada na fase dois, pelo governo do Estado, poderá começar a reabrir, a partir de agora, gradualmente, alguns setores, como atividades imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, comércio e shopping centers.
Covas destacou que essa classificação se deve, em primeiro lugar à participação e ao envolvimento de toda a sociedade paulistana, que colaborou com o poder público, permanecendo dentro de casa, utilizando máscaras, ajudando a melhorar os índices de transmissão e colaborando com o poder público. Além disso, destacou o trabalho realizado pela prefeitura para poder ampliar a capacidade de atendimento e aumentar o número de leitos de UTI para que todo mundo pudesse ser atendido na cidade. “A cidade de São Paulo, nesses últimos dias, não deixou ninguém sem atendimento. Cenas que vimos em várias cidades mundo afora, muito mais ricas do que São Paulo, que tiveram de escolher quem seria atendido. Todo trabalho que foi feito para ampliar a capacidade de atendimento da rede pública, com a colaboração da população, possibilitou que município fosse classificado nessa fase, que permite a flexibilização”, destacou.
Para que a reabertura seja possível, entretanto, a cidade precisa manter e ampliar o uso de máscaras, manter o distanciamento social, colaborar com o município para que fique estável o índice de transmissão, o número de casos, a ocupação dos leitos de UTI e o número de óbitos semanais. “Continuamos em quarentena. Não acabou a preocupação com o coronavírus. Todos esses índices são verificados para que a cidade não volte à fase um da quarentena, ou seja, se os índices piorarem, voltaremos a ser classificados como município em região vermelha e todos os setores que serão reabertos precisarão ser novamente fechados”, frisou, acrescentando que a preocupação, agora, é não perder tudo o que foi conquistado ao longo dos últimos meses.
Covas destacou que, a partir de agora, a prefeitura vai iniciar a discussão de protocolos de saúde com o setor privado para que possa ser feita a retomada da atividade econômica na capital paulista. Segundo ele, são dois pré-requisitos que precisam ser observados para que a flexibilização e a reabertura gradual sejam possíveis: esses setores precisam apresentar para a Prefeitura de São Paulo protocolos de saúde, de higiene, de testagem, regras de autorregulação e para fiscalização, política de comunicação destas regras e proteção aos consumidores e funcionários. “Esses segmentos precisam discutir com a Prefeitura de que forma será essa reabertura. A cidade fez a sua parte com todas as ações na área de saúde e assistência social. A população fez a sua parte. Agora, os empresários também precisam fazer a sua parte apresentando esses protocolos para que a reabertura possa ser tranquila e não haja retrocesso”, destacou.
Covas explicou, ainda, que é preciso um alinhamento para entender de que forma será feita essa reabertura sem prejudicar as mulheres, porque as escolas e creches não serão reabertas, e como será a garantia de que não haverá desemprego da mulher trabalhadora, já que é sempre sobre ela que recai a obrigação de cuidar dos filhos. “Os setores precisam discutir esse e outros temas para que não aumente a desigualdade na cidade”, explicou o prefeito.
Outro pré-requisito, além da apresentação desses protocolos, é que eles sejam validados pela Vigilância Sanitária. O prefeito garantiu que nada será feito sem o apoio e o aceite da área de saúde, que tem ditado, até agora, todas as ações que a prefeitura adotou de restrição de atividade na cidade. “Todos os setores que estão agora, passíveis de flexibilização nesta fase dois, já combinaram protocolos com o governo do Estado, que são os parâmetros mínimos a serem observados”, disse.
O prefeito antecipou que o fluxo desse novo momento será da seguinte forma: os setores enviam as propostas, o decreto que regulamenta essa aprovação será publicado até o dia 01 de junho, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho será a responsável por receber e avaliar esses protocolos, que serão validados - ou não - pela Vigilância Sanitária.
A partir de 01 de junho, os protocolos podem ser apresentados pelas associações e entidades por meio do site www.prefeitura.sp.gov.br/retomada
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