Economia

Preocupação com a inflação

Mais otimistas com o desempenho e as perspectivas das construtoras para este ano, porém mais preocupados com a inflação. Assim se posicionaram os 215 empresários da construção de diversas regiões do País, entrevistados pela 46ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada em fevereiro pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Na pesquisa, o indicador de desempenho das empresas subiu 5,1% no trimestre, elevando-se a 58,8 pontos. Já as perspectivas de desempenho aumentaram 3,4%, alcançando 61,8 pontos. Enquanto isso, a confiança na política econômica registrou um aumento um pouco menor: 2%, indo para 52,3 pontos.
Já a expectativa de uma inflação reduzida diminuiu 21,3%, baixando a 37,3 pontos, as dificuldades financeiras se elevaram em 3,3%, atingindo 54 pontos e as perspectivas de evolução dos custos melhoraram 5,1%, mas ainda se situam como desfavoráveis (41,8 pontos).
E a expectativa em relação ao crescimento econômico baixou 2,1%, embora ainda seja bastante otimista: 58,4 pontos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve ligeiro aumento (2,9%) no otimismo em relação ao desempenho das empresas.
Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP lembra que a enquete, a primeira sob o governo da presidente Dilma Rousseff, foi feita antes do corte do Orçamento da União e dos acontecimentos mundiais posteriores, como o terremoto no Japão e o ataque da coalizão dos EUA e de países europeus à Líbia. "Na próxima sondagem trimestral, em maio, já teremos uma medida dos impactos desses acontecimentos na percepção dos empresários da construção", explica. Eduardo Zaidan, diretor de Economia do SindusCon-SP, diz que "o otimismo do empresário da construção tornou-se mais comedido nos últimos 30 dias. Entretanto, dificilmente passaremos para uma percepção pessimista, uma vez que, em 2011, boa parte do crescimento da construção está assegurado, por ter sido contratado em 2010".
Na sondagem, os empresários atribuem a cada quesito uma pontuação que vai de 0 a 100, na qual valores acima de 50 denotam desempenho ou perspectiva favorável. A exceção é no quesito das dificuldades financeiras, no qual valores acima de 50 apontam perspectiva ou desempenho não favorável.

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