Produção industrial recua 0,9% em maio, segundo mês seguido de queda
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de abril para maio, a produção industrial do País recuou 0,9%. Esse foi o segundo mês consecutivo de queda, período em que acumulou perda de 1,7%. Com isso, o setor eliminou o ganho de 1,1% que havia acumulado entre fevereiro e março. O estudo mostra que os resultados de maio levaram a indústria a operar 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 17,8% abaixo do maior nível da série, alcançado em maio de 2011.
Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 recuaram em maio. As duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria foram exercidas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%). No segmento de produtos alimentícios, maio foi o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de 4,7% no período. Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).
Por outro lado, os principais impactos positivos sobre o resultado geral vieram das indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). Com o resultado positivo de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, há o ganho acumulado de 3,1% no ano nessa atividade.
As demais atividades com resultados positivos foram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%).
Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%).
Em relação a maio do ano passado, a indústria recuou 1,0% e o resultado negativo atingiu 14 dos 25 ramos pesquisados. As principais influências negativas sobre o resultado da indústria vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%), máquinas e equipamentos (-8,9%), metalurgia (-5,6%) e produtos químicos (-3,6%).
Outros recuos que contribuíram para o resultado negativo do setor industrial foram os dos ramos de produtos do fumo (-22,9%), de produtos diversos (-11,5%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,9%).
Do lado positivo, produtos alimentícios (1,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,4%) e celulose, papel e produtos de papel (5,5%) foram as atividades com maior influência sobre o índice geral.
Com o resultado de maio deste ano, a indústria registra alta de 2,5% nos primeiros cinco meses de 2024. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor avança 1,3%, o que indica redução na intensidade do ritmo de crescimento quando comparado ao resultado de abril (1,5%).
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