Produção industrial varia 0,1% em outubro e segue mostrando menor dinamismo
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados apurados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que na passagem de setembro para outubro, a produção industrial do País variou 0,1%, mantendo o comportamento de pouco dinamismo observado nos últimos meses, ainda mais explicitado pelos acumulados no ano e nos últimos 12 meses, ambos apresentando variação nula (0,0%).
O estudo também revela um perfil disseminado de taxas negativas entre as grandes categorias econômicas, com três dos quatro grandes segmentos em queda na produção. Entre as atividades industriais, produtos alimentícios, com o avanço de 1,6%, exerce o principal impacto positivo e acumula saldo de 3,0% desde julho último. Por outro lado, os ramos de derivados do petróleo e biocombustíveis e indústrias extrativas exercem as principais influências negativas na média do setor industrial, com os dois setores voltando a recuar, após avançarem no mês anterior.
André Macedo, gerente da pesquisa, destaca que, mesmo com o ligeiro saldo positivo verificado nos três últimos meses, o setor industrial ainda se encontra 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, alcançado em maio de 2011.
Das 25 atividades investigadas na pesquisa, 14 apresentaram crescimento na produção. Além de produto alimentício, que avançou 1,6% e foi a principal influência positiva, outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,7%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de produtos de metal (2,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (0,9%), de bebidas (1,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,3%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,3%).
No sentido inverso, entre as onze atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%) e indústrias extrativas (-1,1%) exerceram os principais impactos em outubro, com a primeira interrompendo três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 2,0%; e a segunda eliminando parte do avanço de 5,9% assinalado no mês anterior. Houve recuos, também, nos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%) e de impressão e reprodução de gravações (-5,8%).
Já entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com setembro, bens intermediários (0,9%) foi a única taxa positiva em outubro, após também avançar no mês anterior (0,6%), quando interrompeu quatro meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou perda de 1,2%.
Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-2,4%) teve a queda mais intensa nesse mês e marcou o segundo mês seguido de recuo na produção, acumulando nesse período redução de 6,7%.
Os segmentos de bens de capital (-1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) também mostraram resultados negativos em outubro, com ambos apontando a segunda taxa negativa consecutiva e acumulando nesse período perdas de 3,2% e 2,1%, respectivamente.
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