Logística reversa

Texto: Redação Revista Anamaco

A Tarkett possui um programa de logística reversa - o ReStart - para recolher, nas obras e reformas espalhadas pelo Brasil, sobras e recortes de pisos vinílicos para serem reaproveitados pela empresa na fabricação de novos produtos na planta industrial de Jacareí (SP).
Iniciado no Brasil em 2018, coletou, até julho deste ano, 70 toneladas de sobras de pisos. Priscila Santos, supervisora de Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Tarkett no Brasil, lembra que o descarte de sobras e recortes de material de construção é um gargalo da construção civil, de modo que projetos de logística reversa se tornam necessários para que a economia circular se estabeleça.
Segundo ele, a estimativa é que a instalação de um piso vinílico do tipo LVT usando uma paginação simples (‘tijolinho’) gera, em média, de 3% a 5% de descartes. Nas mantas, essa média fica entre 8% e 15%. “Seja qual for o formato de piso vinílico, o descarte pode ser maior a depender a complexidade da paginação e da quantidade de desenhos. No entanto, é um revestimento que apresenta um melhor aproveitamento de material na instalação do que outros tipos, como a cerâmica e o porcelanato, por exemplo”, ressalta.
O ReStart integra o escopo de ações do Grupo Tarkett em todo o mundo para contribuir de forma tangível com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), para 2030. A supervisora comenta que o programa está alinhado com o objetivo 12, que visa assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis. “Somos responsáveis pelo que fabricamos e a ideia do programa, como o nome sugere, é reiniciar o ciclo do vinílico de modo que nosso papel como fabricante não termine ao entregar o produto à loja”, afirma.
Para cumprir as metas estabelecidas e ampliar o programa nacionalmente, a Tarkett aposta no estreitamento da parceria com revendedores e distribuidores da empresa em todo o País, beneficiando aqueles que aderem ao ReStart.
Ao adquirir os pisos vinílicos colados e clicados sem base acústica da empresa, as lojas que participam do programa recebem uma bag exclusiva, onde poderão armazenar as sobras de pisos que não foram contaminadas com adesivo ou contrapiso e seriam descartadas após o término da instalação. “A loja está mais próxima da obra porque, na maioria das vezes, é a própria responsável pela instalação do piso. Essa proximidade com o cliente final é um ponto estratégico para o sucesso do ReStart”, avalia Vanessa Costa, responsável pelo Programa ReStart da Tarkett Brasil. 
Vanessa explica que, participando do programa, a loja ganha visibilidade no site da empresa, pois com a inclusão do selo ReStart, passa a ter prioridade no resultado da busca de revendedores autorizados. Também ganha espaço no Instagram, com publicações marcando o perfil da loja participante.
Globalmente, a empresa pretende triplicar o uso de material reciclado na composição de novos produtos nas suas fábricas para 30% até 2030.

Foto: Divulgação