Ação social

Texto: Redação Revista Anamaco 

Para ajudar as mulheres refugiadas a se recolocar no mercado de trabalho, a consultoria de Recursos Humanos Foxtime realiza o projeto Reinventar, em Recife (PE), que através de parceiros metodológicos, como o Instituto Aliança, Senai, Universidade Estadual do Ceará, Rede Brasil e UNHCR, ajuda na formação e capacitação profissional e socioemocional de mulheres em situação de refúgio e brasileiras em vulnerabilidade social.
De acordo com a ACNUR - Agência da ONU para refugiados, há, atualmente, no mundo, 26 milhões de pessoas refugiadas que precisaram sair de seu país de origem por questões políticas, sociais e também por guerras. Somente no Brasil, há mais de 57 mil refugiados reconhecidos, sendo 44% do sexo feminino.
A primeira edição do projeto, realizada no ano passado, contou com a participação de 25 mulheres, sendo 22 refugiadas venezuelanas e três brasileiras, que participaram do curso, com duração de quatro meses (240 horas de formação e mais de 60 horas de mentoria), para atuarem como encanadoras e instaladoras hidráulicas, profissões tradicionalmente masculinas. O que justifica a escolha da formação é a carência de mão de obra feminina qualificada no segmento.
As alunas receberam apoio durante a realização do curso e pós, desde ferramentas de trabalho, acompanhamento socioemocional e uma ajuda de custo para se manterem durante todo o período de estudos. Mais do que apenas garantir a sobrevivência dessas pessoas, o Reinventar visa recuperar a dignidade e ajudá-las a participar economicamente e socialmente do País em que vivem.
Como resultado da primeira edição, 10 participantes conquistaram uma vaga de emprego na BRK Ambiental, seis em Recife (PE) e quatro em Maceió (AL), e 70% delas estão participando de outros processos seletivos e/ou aguardando contratação.
O projeto virou um case de boas práticas empresariais na plataforma Empresas com Refugiados, iniciativa da ACNUR e da Global Compact Network Brasil e a sua segunda edição – realizada entre 23 de agosto e 26 de novembro, formou mais 25 mulheres, entre venezuelanas, afrodescendentes, indígenas, e brasileiras, promovendo uma mão de obra qualificada e a geração de novos empregos.
Para as próximas edições, a Foxtime enxerga oportunidades em novas áreas. “Queríamos muito fazer uma edição voltada pra área de gastronomia e hotelaria, pois acho que teríamos muito espaço para crescer. O Nordeste é muito rico no Turismo e o tema refugiados tem ganhado cada vez mais espaço. Quero ajudar esse público”, finaliza Juliana Ferreira, coordenadora da filial da Foxtime de Recife e responsável pelo projeto.

Foto: Felipe Abreu/Divulgação