Queda da confiança do comércio em fevereiro anula o otimismo de janeiro
Texto: Redação Revista Anamaco
Após duas altas seguidas, o Indicador de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou queda de 1,2% em fevereiro. Registrando pontuação de 119,3, o índice permaneceu dentro da zona de satisfação (acima dos 100 pontos), o que, segundo a análise, deu-se devido à recuperação do setor no ano passado.
Os dados apontam que a taxa quase eliminou o crescimento de janeiro (1,4%), resultando em um avanço anual de 0,2% em 2022. O número, no entanto, é mais positivo do que o do primeiro bimestre do ano passado, quando o acumulado apresentou redução de 2,7%. Apesar da melhora, todos os subíndices avaliados pela pesquisa contaram com retrações.
O estudo mostra que o destaque negativo mensal foi o componente Expectativa do Empresário do Comércio, que teve redução mensal de 1,6%, puxado, especialmente, pelo item Empresa (-1,9%). Por outro lado, Intenções de Investimento apresentou a menor retração, de 0,9%. A última vez que o Icec apresentou esse nível de pessimismo foi em abril de 2021, com queda de 6,4%, alcançando 95,7 pontos.
José Roberto Tadros, presidente da CNC, observa que, de lá para cá, o índice oscilou, mas veio se recuperando em função da melhora das condições da economia, relacionada ao avanço da vacinação. Segundo ele, a inflação ajuda a explicar o relativo desânimo dos comerciantes em fevereiro. “Os resultados refletem as condições operacionais que envolvem as atividades comerciais. Com a energia elétrica e os combustíveis mais caros, os preços no atacado pressionando a formação de preços ao consumidor, os juros ascendentes e o consumo ainda morno, o empresariado demonstra receio”, avalia.
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