Queda nas admissões influencia saldo de empregos formais do Caged até abril
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (27 de maio) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, mostram que a queda no número de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de empregos formais nos primeiros quatro meses do ano.
Em abril de 2019, o Caged teve saldo positivo de 129.601 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.071 demissões. No mesmo mês deste ano, as contratações ficaram em 598.596 e número de desligamentos chegou a 1.459.099, gerando um resultado negativo de 860.503 empregos.
O levantamento mostra que, enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação abril de 2019 com o mesmo mês deste ano. Em valores nominais, São Paulo teve o pior desempenho, com perda de 260.902 vagas. O Estado é seguido por Minas Gerais (-88.298), Rio de Janeiro (-83.626) e Rio Grande do Sul (-74.686).
De janeiro a abril, houve 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões no País, com resultado negativo de 763.232. No primeiro quadrimestre de 2019, o Caged registrou 5.529.457 admissões e 5.215.622 demissões, com um saldo positivo de 313.835. Ou seja, as admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no intervalo de um ano.
Uma inovação do Novo Caged é o agrupamento de setores da economia. Até dezembro passado, eram oito: Comércio, Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), Extrativa Mineral, Administração Pública, Agropecuária, Construção Civil, Indústria de Transformação e Serviços.
Agora, os dados estarão na mesma divisão feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São eles: Comércio, Serviços, Indústria Geral, Construção Civil e Agricultura. No intervalo de janeiro a abril de 2020, Agricultura teve saldo positivo de 10.032, resultado de 275.464 contratações e 265.432 demissões. O resultado da Construção Civil ficou negativo em 21.837. Comércio teve menos 342.748 postos de trabalho, Serviços, menos 280.716 vagas e Indústria menos 127.886.
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