Reajustes salariais dos trabalhadores da capital paulista puxam a alta do CUB
07/06/2017
Depois de uma deflação em abril, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo registrou, em maio, alta de 1,13% nas obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos, na comparação com o mês anterior. Essa é a maior alta desde julho de 2016.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), dentro da composição do indicador, os custos médios com mão de obra representaram 61,60%, material, 35,24% e despesas administrativas 3,17%.
Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia da entidade, comenta que a elevação do indicador deveu-se ao reajuste anual, aplicado sobre os salários dos trabalhadores da cidade de São Paulo e de mais 12 municípios da região metropolitana da capital paulista. “Possivelmente o CUB voltará a apresentar uma variação positiva em junho, em decorrência dos reajustes salariais dos trabalhadores do setor no interior do Estado”, afirmou.
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos a alta foi de 0,97% sobre abril. Na mesma base de comparação, foi registrada participação de 58,21% nos custos de mão de obra, 38,38% nos custos com material e 3,41% em despesas administrativas.
Calculado pelo SindusCon-SP e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos mensais das construtoras para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.