Economia

Por Carla Bridi/Redação

Como era esperado pelo varejo de material de construção, as vendas ficaram estáveis em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Houve uma leve retração no movimento das vendas em junho, em relação ao mês de maio deste ano: menos 2%. As regiões brasileiras que mais sentiram os negócios ficarem acanhados foram o Norte e o Sul do país, onde a retração alcançou 10%. No Sudeste e Centro-Oeste a queda foi de 6%. Já no Nordeste, os lojistas acusaram vendas acima do mês anterior, fechando com alta de 2%.
Os dados são da pesquisa Tracking, realizada mensalmente pela Anamaco - Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, com lojistas de todo o Brasil. A pesquisa apontou, ainda, que determinadas categorias de produtos sentiram mais a retração das vendas, entre elas tintas e revestimentos cerâmicos, cujas vendas caíram no Brasil 2% e telhas de fibrocimento, cujas vendas despencaram 7%.
Entretanto, estes dados não chegam a assustar o varejo do setor. Os lojistas já esperavam por uma certa queda no movimento de junho. Já para julho, o comércio se mostra mais otimista. No Sul e Nordeste aumenta a intenção de contratação de novos funcionários. Estas regiões continuam, até então, abaixo do nível médio de contratações para o período. Já o Centro-Oeste destaca-se pelo terceiro mês consecutivo de aumento nas contratações.
Assim como aconteceu em maio, o varejo de material de construção continua pessimista quanto às ações do Governo Federal para os próximos 12 meses. Cerca de 43% dos entrevistados não acreditam em boas notícias vindas do governo.
Com os resultados das vendas em junho, o primeiro semestre de 2017 fecha com crescimento de 4% sobre o primeiro semestre de 2016. Já no levantamento dos últimos 12 meses, ainda está 5% abaixo do resultado alcançado nesta mesma época de 2016.