Demissões na construção

Saldo negativo no setor

O nível de emprego na construção brasileira registrou queda de 0,94% em fevereiro em comparação a janeiro. Isso é o que aponta a pesquisa elaborada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceira com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, o saldo entre demissões e contratações ficou negativo em 30,9 mil trabalhadores com carteira assinada. No bimestre, o saldo soma 42 mil vagas a menos. Com isso, ao final de fevereiro, o número de trabalhadores no setor totalizava 3,276 milhões.
Na comparação do acumulado no ano contra o mesmo período do ano anterior, a queda foi de 6,99%, uma redução de 247,2 mil empregos. Em relação a fevereiro de 2014, foram fechadas 278.137 vagas (-7,82%).
Na avaliação de José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP, a queda do emprego na construção está ocorrendo numa dimensão preocupante em todos os segmentos deste setor que representa 50% dos investimentos do País. “Com obras públicas e do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) parando e obras imobiliárias diminuindo de volume, corremos o risco de encerrar este ano com a demissão de centenas de trabalhadores, com forte impacto negativo no PIB e na renda das famílias”, analisa o executivo, acrescentando que o governo precisa, urgentemente, estancar o processo de demissões, retomando os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltando a pagar o MCMV em dia, revendo o fim da desoneração da folha de pagamentos da construção e acelerando os estudos para viabilizar novas concessões na infraestrutura.

Saldo negativo no setor
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