Setor afetado pela crise
A indústria brasileira de fios e cabos e produtos semimanufaturados registrou, no primeiro semestre deste ano, o fechamento de 1.785 postos de trabalho, o que representa cerca de 300 vagas por mês. Os números são resultados de levantamento, exclusivo, realizado pela Associação Brasileira do Cobre (ABC) e pelo Sindicel (Sindicato dos Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo).
A pesquisa mostra que o setor de fios e cabos (cobre e alumínio), em específico, fechou 1.156 vagas, totalizando no fim do período 13.856 empregados. No segmento de emimanufaturados a queda foi de 629 vagas, resultando 3.844 postos em julho.
O resultado conflita com o balanço geral de 2008 que registrou a abertura de cerca de 1.000 novas vagas. "Esse cenário é reflexo da forte crise econômica mundial e acompanha a retração de mais de 15% no volume da produção de cobre no País, no período avaliado", afirma Sérgio Aredes, presidente do Sindicel.
Mesmo com os números negativos, as perspectivas do setor para os próximos meses são mais otimistas. "Já há uma sinalização da recuperação gradual do ritmo de atividade geral no mercado nacional", conclui.