Cenário Econômico

Texto: Redação Revista Anamaco

Os impactos da segunda onda da pandemia de Covid-19 foram sentidos na atividade das indústrias de pequeno porte no primeiro trimestre de 2021. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Situação Financeira caiu de 43,1 para 37,8 pontos. A piora é resultado da queda do faturamento e da produção, além da dificuldade de acesso ao crédito e à alta do preço dos insumos.
Por outro lado, no Panorama da Pequena Indústria, o Índice de Perspectiva teve aumento e sugere otimismo para os próximos meses. O relatório divulgado destaca que a suspensão das linhas de financiamento emergenciais voltadas às pequenas indústrias, em razão do término do estado de calamidade, impactou negativamente o acesso ao crédito pelo segmento e resultou no recuo de 5,3 pontos do indicador.
O estudo aponta que o recuo na produtividade e nas vendas impactam, diretamente, o fluxo de pagamento das micro e pequenas empresas (MPEs), podendo levar muitas delas a encerrar suas atividades nos próximos meses.
Entre fevereiro e março, o pequeno aumento do Índice de Desempenho, de 0,3 ponto (de 43,6 pontos para 43,9 pontos), interrompeu uma tendência de queda, observada ao longo do último trimestre de 2020, bem como nos primeiros dois meses de 2021. A pesquisa revela que a atividade industrial estava especialmente aquecida em outubro, como resultado da recuperação da atividade após período crítico da pandemia em 2020, mas perdeu força nos meses seguintes.
De acordo com o estudo, a falta ou alto custo da matéria-prima persiste sendo o principal problema enfrentado pela pequena indústria. Quando comparado ao último trimestre do ano passado, o índice aumentou e continuou na primeira posição do ranking de principais problemas enfrentados pelas pequenas empresas dos setores extrativo, de transformação e de construção. Os últimos resultados para os três setores foram: 46,9% na extrativa, 66,7% na transformação e 55,9% na construção.

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