Sondagem do consumidor revela forte queda da confiança, apura FGV IBRE
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 9,8 pontos em março, para 68,2 pontos, o menor valor desde maio de 2020 (62,1).
No mês, houve piora tanto da percepção dos consumidores em relação ao momento presente quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,5 pontos, para 64 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE) despencou 12,3 pontos, para 72,5 pontos.
Segundo a pesquisa, entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral diminuiu 3,7 pontos em março, para 70,3 pontos, menor valor da série histórica iniciada em setembro de 2005. Seguindo a mesma tendência, o indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 7,0 pontos, para 58,5 pontos, o menor nível desde abril de 2016 (56,8).
Com relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para a retração da confiança em março ao cair 15 pontos, para 92,1 pontos, menor patamar desde maio de 2020 (91,3 pontos).
Em consequência do pessimismo em relação ao ambiente econômico, os consumidores projetam uma situação difícil para as finanças familiares nos próximos meses, com uma queda de 7,9 pontos no indicador de referência, que recuou 82,3 pontos, menor nível desde junho de 2020 (80,3 pontos). As perspectivas negativas aumentam a cautela dos consumidores e reduzem seu ímpeto para compras. O indicador que mede o ímpeto de compras de duráveis caiu 12,6 pontos, para 46,6, o nível mais baixo desde junho de 2020 (37,6).
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