Sondagem mostra indústria cautelosa
O Termômetro mensal, da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), mostra que, em agosto, houve redução na expectativa dos empresários da indústria em relação às pretensões de investimentos no médio prazo (próximos 12 meses).
O levantamento mostra que 67% deles pretendem investir. Esse resultado é três pontos percentuais menor em relação ao mês anterior. Quanto às expectativas sobre as ações do governo para o desenvolvimento do setor da construção civil, também no médio prazo, os números estacionaram.
A imagem desta sondagem, no mês de agosto, reflete praticamente os mesmos números de julho. O Termômetro aponta, na média, que 36% dos empresários possuem boas expectativas em relação às ações do governo para o segmento. Como indiferentes 58% (um ponto percentual a mais do que no mês de julho) e como pessimistas, os mesmos 7% registrados na sondagem anterior. Já no desempenho de vendas, o termômetro aponta aspectos positivos.
Entre as associadas da entidade, o desempenho no período atual (agosto) teve como média geral, bom: 9% das empresas informando "muito bom"; 40% "bom"; 47% "regular"; 2% "ruim" e 2% "muito ruim". Em relação a julho, o crescimento das empresas que avaliaram o período de vendas como "bom" subiu sete pontos percentuais.
Para Walter Cover, presidente da Abramat, o atual cenário do setor de material de construção ainda é muito delicado. "As vendas no período de janeiro a julho ficaram muito abaixo do previsto e este é um momento importante para o governo atualizar medidas de incentivo ao setor, principalmente com relação à desoneração e crédito", finaliza.