Tecnologia como aliada nas vendas
Conhecimento das ferramentas disponíveis, segurança nas informações, mix adequado e atendimento profissional são condições essenciais para vendas digitais
Vendas por meios virtuais já são uma realidade para consumidores dos mais variados perfis, que buscam praticidade e rapidez no atendimento e no processo de compra. Diferente do que possa parecer, empresas de pequeno e médio portes também podem se beneficiar das ferramentas digitais. Se bem trabalhadas, WhatsApp, de perfil mais local e de relacionamento, e o uso de Comércio Eletrônico e Marketplaces, com maior abrangência geográfica, podem ajudar a abrir oportunidades de comunicação e vendas.
A importância do uso de ferramentas digitais para lojistas de pequeno e médio portes é tão grande que dois cursos foram desenvolvidos por especialistas nos temas e estão disponíveis na plataforma Parceiro da Construção (ver links no final da matéria), com o intuito de preparar o varejo para este momento e para que lojistas possam ajustar e até mesmo evitar falhas que poderiam comprometer o sucesso da investida on-line.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), cerca de 55% das compras por meios digitais já são realizadas por dispositivos móveis, no entanto, esse percentual vem crescendo significativamente, em especial em razão do uso da ferramenta WhatsApp. A taxa média de conversão de uma venda que se inicia através de WhatsApp pode chegar a 67% quando associado a um catálogo digital.
Na palma da mão de usuários de todas as idades e faixas de consumo, o WhatsApp ganhou relevância graças à rapidez e facilidade de uso e uma solução para quem vende e para quem compra. Ainda que seja essencialmente um canal de comunicação, o aplicativo possibilita adquirir informações de contato, preferências, necessidades, faixas de consumo, dados que agilizam a venda. A adoção da ferramenta aos negócios, no entanto, exige organização, estrutura adequada, profissionalismo e segurança para evitar problemas futuros e conquistar resultados consistentes.
O vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira, orienta para a importância da escolha e da correta configuração da ferramenta de WhatsApp Business, mais voltada ao uso profissional.
Para uma melhor gestão, o número e aparelho devem ser fornecido pela empresa e foto e dados de perfil devem ser os da loja. Todo colaborador precisa ser orientado sobre como atender e usar os mesmos padrões aplicados no ponto de venda físico, que deve ter uma apostila impressa com as regras definidas para mensagens de texto e áudio. Os funcionários devem, ainda, assinar um termo de responsabilidade quanto às informações dos clientes e da empresa, uma forma de evitar que levem os contatos dos consumidores em caso de desligamento e de ferir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “Vale lembrar que troca de dados financeiros nunca deve ocorrer pelo WhatsApp”, ressalta Bandeira.
Segundo explica o consultor e especialista em e-commerce, Roberto Calderon, o uso do WhatsApp deve considerar a seguinte jornada: informar e quebrar objeções relativas ao produto ou serviço; ajudar na compra por meio de um bate papo, como se fosse no balcão da loja; indicar os produtos ou serviços que realmente o cliente precise; montar o carrinho para o consumidor apenas efetuar o pagamento; e adicionar o cliente nos grupos de novidades e promoções.
Atenção especial deve ser dada à segurança. Desvios e captura de dados pessoais e financeiros estão entre as maiores preocupações dos consumidores e há razão para isso. Muitas vezes, o tratamento informal dessas relações facilita os casos de má fé e golpes, o que reforça a necessidade de mecanismos estruturados para as vendas digitais.
Calderon ressalta que é preciso organizar e informar o raio de entrega, prazos e custo de frete e deixar claro o horário de atendimento. O consumidor que usa WhatsApp espera rapidez, por isso é indicado ter pessoas treinadas e disponíveis para atendê-lo. Da agilidade e da qualidade do atendimento dependerão as vendas e cliente esquecido é dinheiro perdido, por isso, ele não pode ficar sem resposta e as mensagens mais antigas devem ser priorizadas. É indicado, também, manter as configurações de visualização, ter interação e não deixar o aparelho sem bateria ou responder ‘horário de almoço’.
COMÉRCIO ELETRÔNICO E MARKETPLACE
O comércio eletrônico é uma ferramenta cada vez mais utilizada por empresas em todos os setores, permitindo que elas expandam seus negócios e ofereçam uma experiência de compra mais conveniente e eficiente para seus clientes. Ele permite que as empresas alcancem um público maior do que seria possível com uma loja física, ampliando suas oportunidades de vendas e a exposição da marca.
O comércio eletrônico traz, ainda, maior conveniência a seus clientes que podem fazer compras a qualquer hora e em qualquer lugar, eliminando a necessidade de deslocamento físico até uma loja, economizando tempo e dinheiro. Além disso, permite que as empresas gerenciem melhor seu estoque, reduzam custos operacionais e melhorem a experiência do cliente.
Indicado para empresas que queiram ingressar no comércio eletrônico de forma mais rápida e sem grandes investimentos, o uso de Marketplaces tem como vantagens o acesso imediato a uma base já existentes de usuários, menores investimentos em divulgação de venda e ferramentas prontas para gestão de pagamentos, pós-venda e de logística integrada.
O uso de marketplaces pode gerar tráfego de clientes sem custos iniciais. A estratégia é oferecer produtos promocionais que possam atrair os consumidores para a sua loja própria e estabelecer relacionamento futuro.
Aderir a este canal exige planejamento e pesquisa sobre as plataformas já disponíveis no mercado, suas regras de operação e integração, as taxas cobradas por cada um e os segmentos de produtos ofertados. Para aumentar as chances de sucesso, deve-se dar prioridade ao um catálogo digital inicial com produtos de logística fácil, apresentados de forma simples e rápida, com conexão com o WhatsApp para agilizar contatos; ser encontrado por buscadores (como o Google) em sua região e disponibilizar produtos competitivos para gerar leads qualificadas e continuar vendendo. Além disso, recomenda-se separar estoques do ponto de venda físico e do digital e disponibilizar informações consistentes sobre a situação dos pedidos eletrônicos. A dica é testar e entrar aos poucos, com estratégia e evitando a guerra de preços.
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A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO ELETRÔNICO