Economia

Tentativas de fraudes aumentam

Apenas 15 segundos: este é o tempo médio que dura o intervalo, no Brasil, entre uma tentativa e outra de se aplicar a fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos.
A informação faz parte do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes - Consumidor que registrou, entre janeiro e julho, 1,22 milhão de tentativas de fraudes. O indicador mostra, ainda, que nos primeiros sete meses deste ano, lideraram os registros os setores de telefonia e serviço.
Entre janeiro e julho, houve 507.661 casos de tentativas de fraude envolvendo o setor de telefonia, correspondendo a 42% das ocorrências.
Já o setor de serviços - que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos, etc.) - teve 376.889 registros, equivalente a 31% do total. O ranking é composto ainda de bancos e financeiras (19%), varejo (7%) e outros (2%).
Em relação ao setor bancário, o indicador demonstra que a participação nas tentativas de fraudes se manteve a mesma de janeiro a julho deste ano com relação ao mesmo período do ano passado (19%), por conta da retração na procura por crédito e um crescimento em telefonia e serviços. A popularização da internet e das mídias sociais é apontada como um fator impulsionador desse tipo de ação criminosa.
Pesquisas da Serasa apontam que estão mais suscetíveis às fraudes os consumidores que tiveram seus documentos roubados. Com apenas uma carteira de identidade ou um CPF nas mãos de golpistas, dobra a probabilidade de ser vítima de uma fraude - às vezes, os criminosos chegam a combinar dados, montando uma "nova" identidade com dados de filiação de uma pessoa e data de nascimento de outra.
Também é comum as pessoas fornecerem seus dados pessoais em cadastros na internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Tentativas de fraudes aumentam
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