Termômetro Abramat aponta vendas regulares de material de construção
A Associação Brasileira das Indústrias dos Materiais de Construção (Abramat) divulga seu termômetro mensal acerca da expectativa do empresariado das indústrias do setor sobre suas vendas. O estudo indica regularidade para os negócios no mercado interno e externo. Já a confiança sobre as ações do governo caiu.
A sondagem mostra que o desempenho das vendas em fevereiro foi regular para 40% das indústrias; bom para 35%; e ruim ou muito ruim para 25%. Paraeste mês de março os números apontam equilíbrio, com 50% indicando regularidade; 40% classificando o período como bom ou muito bom e 10% esperando um mês negativo.
A regularidade também rege o desempenho das vendas no mercado externo. Em fevereiro, 55% dos empresários da indústria de materiais de construção indicaram regularidade, enquanto que 45% aguardam um período bom. A expectativa para março segue a tendência, com 64% considerando um mês regular para vendas e 36% com boas perspectivas. Nenhum associado respondeu esperar resultado “ruim” ou “muito ruim” nos dois últimos meses.
Já no que se refere à confiança do segmento sobre as ações do governo há uma queda no otimismo de 19% apontado em janeiro para 5% em fevereiro. “O início das campanhas eleitorais, com as candidaturas tendo de ser homologadas e correspondentes mudanças em ocupantes atuais dos cargos, além de questões relacionadas às expectativas quanto às reformas que estão sendo discutidas, fazem com que o empresariado espere uma dificuldade maior do governo para auxiliar a retomada do setor”, alega Rodrigo Navarro, presidente da entidade.
Outro dado apurado pela pesquisa é o nível de utilização da capacidade instalada do setor. São 70% em utilização, ou seja, o setor apresenta 30% de ociosidade. O resultado indica queda de 1% em relação ao mês anterior, ainda fazendo com que nos últimos seis meses o nível de ociosidade não tenha passado dos 30%, fato não observado desde o primeiro semestre de 2015, quando os efeitos da crise econômica enfrentada pelo País começaram a impactar a cadeia da construção.