Termômetro da Abramat aponta otimismo entre as indústrias associadas
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Brasileira das Indústrias dos Materiais de Construção (Abramat) acaba de divulgar a nova edição do Termômetro Abramat. A pesquisa, mensalmente conduzida entre as empresas associadas para determinar o grau de otimismo e pretensões de investimento futuras do setor como um todo, destaca o aumento no grau de otimismo para os últimos meses de 2018, sem que, no entanto, haja aumento significativo na pretensão de investimento no médio prazo.
O estudo revela, também, neutralidade como sentimento predominante do setor em relação às ações do governo: para 50% dos respondentes, o desempenho do setor em 2019 independe do resultado das eleições presidenciais.
Levando em conta as vendas ao mercado interno, a atual edição do Termômetro indica uma revisão na tendência pessimista que vinha se manifestando ao longo do ano. Vislumbrando o encerramento do mês de outubro, nenhuma associada respondeu à pesquisa manifestando uma expectativa “ruim” ou “muito ruim” para o mês. O crescimento do otimismo também se manifesta na reavaliação do desempenho que o setor projetara para setembro.
Como demonstrou a última edição do Índice Abramat, pesquisa do balanço do faturamento das associadas, a projeção de encerrar 2018 com crescimento real em relação ao faturamento do ano anterior vai se confirmando. Dessa forma, no Termômetro atual a avaliação positiva, que considera o desempenho “bom” ou “muito bom” sobre o mês de setembro, cresceu de 31% (marca registrada em projeção feita ao final de agosto) para 63% das associadas.
Dado relevante apontado pelo levantamento foi a queda na pretensão de investimentos no médio prazo (próximos 12 meses): 57% dos membros da associação pretendem fazer alguma forma de investimento. O resultado é superior às baixas apontadas ao longo do ano pela pesquisa, no entanto destoam do patamar médio registrado nos últimos anos pela associação.
Após o desenvolvimento das campanhas presidenciais e apresentação de suas propostas, o setor demonstra relevante grau de indiferença em relação às ações governamentais e também sobre o resultado da corrida presidencial. 74% dos entrevistados relataram não ter expectativas positivas ou negativas com as ações governamentais voltadas ao setor nos próximos 12 meses. “Notamos um compromisso nas agendas dos candidatos em tratar com seriedade questões como geração de emprego, redução do déficit habitacional e ampliação da infraestrutura física do País. Isso movimenta positivamente o nosso setor, com a expectativa de que se retome o investimento nas inúmeras obras públicas paralisadas em diferentes estágios de execução, por exemplo. A necessidade estrutural desse tipo de ação no Brasil coloca a indústria de material de construção como setor importante para contribuir e somar esforços para tais questões, responsabilidade essa que a Abramat sempre teve como foco principal de sua atuação”, afirma Rodrigo Navarro, presidente Executivo da entidade.
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