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Texto: Redação Revista Anamaco

Depois de nove meses de pesquisas, planejamento e escolha dos parceiros fabricantes, a Tintas MC lança sua marca própria. Batizada de Tintas MC, a novidade chegou às lojas do Grupo - próprias e franquias - em agosto.
Renato Sá, CEO da Rede, lembra que, nos anos de 1980, a empresa tentou ter uma marca própria, que não vingou. No entanto, o desejo ficou guardado e a ideia renasceu em 2017, ano em que o formato de franquias foi iniciado na Tintas MC. A meta era fazer esse lançamento quando o Grupo atingisse a marca de 150 unidades - o que aconteceu em 2021 -, momento em que teria volume para pensar num projeto robusto. Assim, em 2022 a diretoria retomou o processo de pesquisa com vários empresários que já tinham algum projeto de marca própria. “Traçamos roteiros. O planejamento de marca própria não é apenas rotular uma embalagem. Há muito mais por trás disso. Por isso, conectamo-nos com a Amicci, a maior plataforma de construção de marca própria do Brasil, para nos ajudar nesse projeto”, comenta, acrescentando que todo o desenvolvimento da marca partiu do olhar do franqueado, que foi consultado em todos os passos do processo de criação.
Flávia Sá, diretora de Marketing do Grupo, diz que, além de ser uma demanda das lojas próprias, das franquias e ser um antigo sonho, essa foi uma demanda também do mercado, que cobrava da empresa o desenvolvimento de uma marca própria. “A ideia do passado ficou embrionária na cabeça de toda a diretoria e em qual momento iriamos reiniciar o projeto”, frisa.
Sá conta que foram feitas mais de 300 pesquisas com clientes, consumidores finais, pintores, franqueados e construtores - eles não sabiam que era um estudo para a Tintas MC - que estão envolvidos com a Rede. Diante de todo o desenvolvimento que foi feito com uma empresa de pesquisas, a Tintas MC entendeu que esse público gostaria que fosse lançado um produto de qualidade. E quando souberam que era a loja, esse critério foi ainda mais relevante porque o nome da Tintas MC é associado à inovação e à qualidade. “Essa foi a primeira rua que pegamos em relação ao nosso consumidor”, explica.
Na fase 2, os consumidores definiram, também, como seria o nome da marca própria. “Eles tiveram acesso a algumas opções de nomes e mais de 90% dos entrevistados escolheram o nome Tintas MC”, revela.

Flávia complementa e diz que a empresa deixou o ego de lado e se preocupou em entender o que o pintor e o consumidor querem e o que eles enxergam na empresa. “Além da pesquisa para o desenvolvimento da marca e entender esse mercado, ela trouxe feedbacks positivos para validar nosso trabalho como loja”, pontua.
O CEO garante que a empresa se preparou muito para esse momento. Sem informar o valor exato, mas confirmando que foram investidos alguns milhões de Reais, entre planejamento, produção e lançamento, o executivo dá como certo o retorno quase que imediato do investimento, apostando em todo o reconhecimento e prestígio que a marca possui junto ao consumidor.
Nessa primeira etapa, serão 19 itens no portfólio, sendo oito tipos de tintas, quatro tipos de complementos e texturas, além dos sprays, que representam acima de 60%, 70% do que o mercado consome. Como parceiras, a Tintas MC escolheu grandes empresas. A linha de tintas é produzida pela Sherwin Williams. As linhas de texturas e complementos serão produzidas pela Martins e Grafftex, além de outros fornecedores regionais estratégicos. “Fizemos um convite para mais de 35 fabricantes, desde as multinacionais aos regionais. No final, entendemos que seria importante ter um parceiro que conseguisse entregar para todo o território nacional”, avalia o CEO.
Apesar da linha já nascer com um portfólio grande, a Tintas MC deverá ampliá-la em breve. O sistema tintométrico será lançado ainda este ano, possibilitando aos clientes uma gama muito maior de cores. Além dele, Sá revela que fabricantes de vernizes procuraram a empresa e antecipa que, futuramente, a categoria de material de pintura também ganhará itens de marca própria. “Começamos a construir um caminho de marca própria que traz uma evolução para o mercado tinteiro”, diz.
A diretora de Marketing salienta que já vem recebendo avaliações positivas dos pintores, que a equipe está incentivando a experimentação e que o foco está em ações nos pontos de venda.
O executivo conta que, o volume de produção ultrapassou 150 mil galões de tintas para atender aos pedidos iniciais de lojas próprias e franquias. A expectativa é que no primeiro ano a comercialização de tintas próprias já ultrapasse os 10% de participação nos negócios da Rede, trazendo um volume de vendas acima de R$ 50 milhões. Para os próximos cinco anos, a perspectiva é atingir a cifra de R$ 600 milhões e represente entre 20% e 30% de participação.

Fotos: Divulgação