Unindo forças para a retomada - Revista Anamaco

Instituto Unidos pelo Brasil

Unindo forças para a retomada

Texto e Reportagem: Ariane Guerreiro e Eraldo Soares 

Minimizar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19 deverá ser um dos maiores desafios com o relaxamento do confinamento e embora haja mais dúvidas do que certezas quanto à retomada das atividades e da economia como um todo, sabe-se que a segurança e proteção das pessoas têm um peso significativo na tomada de decisão dos consumidores das mais diversas áreas.
Com o intuito de criar normas e protocolos que permitam conduzir os negócios e reduzir ao máximo os riscos de contaminação, nasceu o Instituto Unidos pelo Brasil, que reúne 21 entidades setoriais, entre elas a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), e empresários representativos nos setores varejista e de serviços, uma ideia antiga, mas que amadureceu entre os meses de abril e maio.
É inegável a importância dos setores envolvidos na iniciativa, uma vez que, juntos, representam mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, depois de 120 dias de comércio parcialmente fechado, observou-se certa confusão em relação à reabertura de lojas, praças de alimentação, feiras de artesanatos, cinemas e outras atividades de entretenimento, além de certa falta de critérios por parte de governadores, prefeitos e do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a autonomia para o reinício das diferentes atividades.
Ainda durante a pandemia, dirigentes de diversas entidades representativas dos segmentos varejistas reuniram-se para discutir a retomada do comércio, cujos pleitos não eram, à época, atendidos pelos governos. “Em cada Estado, tivemos uma posição diferente em relação à crise. Alguns empresários decidiram criar o Movimento Unidos pelo Brasil”, conta Sahyoun, fundador do movimento.

                                                                                           
Retomar a atividade varejista não se limita à simples reabertura das lojas, mas estimular a geração de postos de trabalho e renda, que movimentam a economia como um todo, criando um círculo virtuoso, que pode beneficiar a todos. “O retorno da renda permite que a família volte a consumir e gire a própria roda da economia gerando demanda na indústria, no comércio e nos serviços”, defende o presidente da Alshop.
O Movimento Unidos pelo Brasil é multissetorial e envolve desde médicos, advogados, varejistas, até profissionais do setor agropecuário, dispostos a trabalhar em favor da recuperação do País, independentemente de ações governamentais. “Tenho certeza de que mais uma vez, a atividade privada vai dar um grande exemplo para ajudar o Brasil a sair dessa crise profunda”, observa.
O Instituto conta com 50 empresários de entidades, como Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), Associação dos Joalheiros do Estado de São Paulo (AJESP), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Associação Paulista de Supermercados (Apas), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Alshop, Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Confederação Nacional de Serviços (CNS), FBM, Federação dos Serviços do Estado de São Paulo (FESESP), Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Instituto Brasil 200, Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Associação das Empresas de Serviços Contábeis (Aescon),Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado de São Paulo (Sescon-SP) e Sindicato do Comércio Atacadista, Importação Exportação e Distribuição de Material de Construção e Material Elétrico no Estado de São Paulo (Sincomaco) e, também, empresários, como Flávio Rocha, proprietário das lojas Riachuelo, Alberto Saraiva, do Habbi’s, e João Apolinário, da Polishop, José Carlos Semenzato, da SMZTO, e Roberto Fulcherberguer, CEO da Via Varejo. A meta é atingir 50 entidades na primeira fase do projeto.

O Instituto Unidos pelo Brasil é formalizado e já recebeu investimentos em torno de R$ 2 milhões em campanhas para mostrar que o comércio está pronto para atender com segurança e rígidos protocolos

Os participantes têm, atualmente, a função de divulgar a marca na imprensa, em emissoras de televisão abertas e a cabo e na internet e mídias sociais, para que, aos poucos, a iniciativa seja conhecida por todos brasileiros. “Queremos neste momento buscar novos aliados, influenciadores digitais, celebridades, esportistas que abracem a nossa causa e que nos ajudem a divulgar o conteúdo do Instituto”, destaca Sahyoun.
Foram propostas 20 medidas sanitárias para a proteção de consumidores e trabalhadores do comércio, que estão sendo adotadas em shopping centers e outros estabelecimentos. O Instituto Unidos pelo Brasil é formalizado e já recebeu investimentos em torno de R$ 2 milhões em campanhas para mostrar que o comércio está pronto para atender com segurança e rígidos protocolos. O movimento não está aberto somente ao varejo, mas a indústrias e empresas de diferentes segmentos e portes para que, com grande representatividade, possam colher melhores resultados.
O objetivo é desenvolver ações para os setores do comércio, serviços e outros segmentos essenciais à vida cotidiana e profissional das pessoas, de maneira a retomar as atividades com responsabilidade, segurança e confiança em relação à pandemia. As ações do movimento podem ser conhecidas no endereço: www.institutounidospelobrasil.com.br.

Fotos: Divulgação

 

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