Varejistas confiantes
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 113,5 pontos em novembro, o que corresponde a um crescimento de 1,4% em relação a outubro, descontados os efeitos sazonais. Na comparação com igual mês do ano anterior, a tendência negativa foi interrompida, com avanço de 2,9% na análise anual.
A pesquisa indica que o maior destaque positivo mensal para os comerciantes foi a confiança em relação às expectativas para a economia, com aumento de 4,4% em relação ao mês anterior. Com isso, atingiu o nível de 134,4 pontos, o maior desde outubro de 2023. Com isso, o subindicador de expectativas cresceu 2,7%, sendo o maior crescimento de novembro e o maior nível dentre os subindicadores, com 145,7 pontos. Esse destaque, pelo segundo mês consecutivo, mostra a confiança dos empresários nas vendas de fim de ano e a importância desse período para o comércio.
O estudo mostra que o maior otimismo com os próximos meses leva os comerciantes a aumentarem o investimento, com avanço de 0,1% nesse subindicador. A estratégia tem como foco a Contratação de Funcionários - Icec (+0,8%), com preparação para o emprego temporário de fim de ano. Com isso, o item alcançou 131,3 pontos, o maior nível desde dezembro de 2022.
A pesquisa reforça que, mesmo com o ambiente econômico mais desafiador, com maior pressão sobre a inflação e, consequentemente, sobre as taxas de juros, o comércio vem mostrando recuperação. Com crescimento de 0,2% na percepção das condições atuais do setor e de 2,0% em relação à economia. Sendo que o indicador das Condições Atuais da Economia apresentou o maior nível (70,0 pontos) desde março de 2024.
O aumento da confiança do empresário do comércio em novembro foi impulsionado pelas lojas do varejo de supermercados, farmácias, lojas de cosméticos (2,3%) e vestidos, tecidos e calçados (1,2%), sendo os bens duráveis os únicos com queda no Icec (-0,3).
Em relação à percepção atual do comércio, a atividade de eletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decoração, cine/foto/som, material de construção e veículos foi a que apresentou maior queda (-1,8%), porém roupas, calçados, tecidos e acessórios passaram a ter variação positiva (+2,3%).
De acordo com o levantamento, todos os segmentos apresentaram melhora das expectativas para o setor, sendo um momento favorável para todo o comércio. O de bens não duráveis apresentou o maior crescimento mensal (+2,7%), revelando ser o segmento mais confiante nas vendas de fim de ano.
Já a Intenção de Contratação de Funcionários - Icec teve variação positiva na maioria dos segmentos, mostrando o início do período de empregos temporários e com ênfase em supermercados, farmácias e lojas de cosméticos. Apesar disso, o comércio de bens duráveis reduziu sua perspectiva de contratação, já que é fortemente afetado pelo momento atual com nível de inflação e juros altos.
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