Varejo da construção civil se recupera em maio depois de forte impacto do coronavírus
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com estudo promovido pela Juntos Somos Mais - ecossistema do varejo da construção civil, que contempla mais de 70 mil varejistas e mais de 20 indústrias -, os impactos da Covid-19 nas vendas vêm sendo contornados, aos poucos, pelos lojistas e pelos fabricantes.
O levantamento mostra recuperação contínua do setor, com o mês de maio fechando 8% acima em volume de vendas da indústria para o varejo e 4% acima para quantidade de revendedores comprando dos fornecedores, em comparação a fevereiro de 2020. Os dados analisados a partir das empresas participantes da Juntos Somos Mais retratam uma evolução. Em abril, o volume de vendas da indústria para o varejo caiu 13% em relação a fevereiro, enquanto a quantidade de lojistas comprando dos fabricantes caiu 2%. “A construção civil passou cinco anos com decréscimo do PIB e o comércio varejista aprendeu a viver na crise, tornando-o mais preparado para enfrentar esse momento. Há muita resiliência e criatividade no setor, mas há muito ainda o que fazer, especialmente na digitalização do varejo”, destaca Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais.
A pesquisa revela que a Região Norte, que havia sido a mais impactada em abril com queda de 33%, mostrou recuperação, fechando maio com incremento de 1%. O Sudeste, que caiu 9% em abril, encerrou maio com alta de 9%. A Região Nordeste, por sua vez, cresceu 4%, enquanto em abril amargou recuo de 28%. No Sul, o crescimento de 9% reverteu a queda de 7% em abril. Por fim, a Região Centro-Oeste foi a que mais se destacou em maio: 14% de crescimento, contra desaceleração de 10% no mês anterior.
Na avaliação de Serrano, projetar o impacto da Covid-19 no ano ainda é um desafio. Segundo a pesquisa, 50% das indústrias acreditam que, este ano, terão um faturamento próximo ao registrado em 2019, enquanto 30% acreditam que o faturamento será até 10% pior e 20% entendem que a queda será entre 10% e 30%. “A construção civil é sensível ao nível de confiança na economia, ao nível de emprego e, também, há uma incerteza de como esses indicadores irão se comportar nos próximos meses”, observa o executivo.
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