Balanço positivo

O Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que mede o movimento das vendas a prazo registrou alta de 11,5 % em dezembro, comparado com igual período em 2009, com o mesmo número de dias úteis.
As consultas ao SCPC/Cheque (vendas à vista) subiram 15,8 % (na mesma base de comparação entre períodos), segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), baseada nas informações fornecidas por sua nova empresa SCPC Boa Vista Serviços (BVS), que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). "Como prevíamos 2010 foi um excelente ano para o varejo no Brasil e esperamos que em 2011 as vendas continuem crescendo num ritmo sustentável", explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Na variação mensal as consultas ao SCPC registraram alta de 23,1% em dezembro, sobre novembro e o SCPC/Cheque deu um salto expressivo de 45,4%. Os registros recebidos (carnês em atraso) apresentaram uma pequena alta de 4% em dezembro (comparada com o mesmo período em 2009). Já os registros cancelados (carnês quitados e/ou renegociados) apresentam forte alta de 14,4% (na mesma comparação entre períodos) beneficiada pelo crescimento do emprego formal e da abundância de crédito para renegociar dívidas em atraso.
Em dezembro, o número de carnês cancelados atingiu 484 mil, superando o número de carnês recebidos que foi de 433 mil. O ano de 2010 foi encerrado com uma alta acumulada de 10,4% para o SCPC e de 8,1% para o SCPC/Cheque, refletindo a expansão do crédito e o crescimento da massa salarial.
Os registros recebidos ficaram praticamente estáveis ao longo do ano, com ligeira alta de 0,6%, a menor desde 2000. Já os registros cancelados tiveram uma elevação anual de 7,7%, beneficiados pela recuperação do emprego formal e pela maior oferta de crédito, que permitiu renegociar as dívidas atrasadas. O ano passado foi o melhor da década, terminando com as vendas em alta e inadimplência em queda.
A perspectiva para 2011 é de que as vendas a crédito cresçam entre 2% e 3% a mais que o Produto Interno Bruto (PIB), que deve ser de 4,5%. Dessa forma, a expectativa é que o varejo cresça de 6,5% e 7%, contra 9,3% em 2010.