Varejo pode crescer 4,9% em 2021
Texto: Redação Revista Anamaco
Com o avanço da imunização e o aumento da circulação no País, o volume de vendas no varejo cresceu 1,2% em julho, na comparação com o mês anterior, de acordo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou acima da expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o que levou a entidade a revisar a previsão de crescimento para o ano de 4,5% para 4,9%.
O estudo indica que o segmento conseguiu se sobrepor a problemas como a alta da inflação, mas a CNC alerta que o comportamento dos preços poderá agir como um limitador nos próximos meses. “É um setor que não se abala, mostra força e tem conseguido se desenvolver mesmo em períodos de crise. Mas é importante mantermos atenção e equilíbrio diante dos altos preços, como temos sinalizado, o que impacta o comércio diretamente. A composição da inflação afeta ainda o orçamento das famílias pela concentração das altas nas tarifas”, lembra José Roberto Tadros, presidente da CNC.
O economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, destaca que o combate à alta no nível geral de preços por meio da elevação da taxa básica de juros já se faz sentir no custo do crédito ao consumidor final. “A taxa média das operações de crédito com recursos livres para as pessoas físicas atingiu 39% ao ano em julho, tendo fechado 2020 a 37% ao ano. Por outro lado, o pagamento do auxílio emergencial e, principalmente, a maior circulação de consumidores deverão viabilizar a continuação da recuperação do setor”, afirma.
Confirmada essa previsão, o economista aponta que o setor registraria seu maior avanço anual desde 2012.
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