Vendas crescem 8% em junho, no pior semestre do comércio desde 2016
Texto: Redação Revista Anamaco
O volume de vendas do varejo, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), cresceu 8% em junho, após a alta recorde de 14,4% em maio. Apesar dos números positivos nesses dois meses, o varejo fechou o primeiro semestre com retração de 3,1%, frente ao primeiro semestre de 2019, influenciado pelas medidas de isolamento social para contenção da pandemia de Covid-19. Esse resultado semestral, divulgado, hoje (12 de agosto), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o menor desde o segundo semestre de 2016 (- 5,6%).
Na comparação entre junho e o mesmo mês do ano passado, o varejo cresceu 0,5%. Em maio, o recuo foi de 6,4%. O desempenho de junho representa a primeira taxa no campo positivo após três meses de quedas seguidas. Já o indicador acumulado nos últimos doze meses indica estabilidade no ritmo das vendas (0,0% em maio e 0,1% em junho).
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 12,6% em relação a maio. Nesse cenário, as vendas das lojas de material de construção cresceram 16,6%.
Em comparação a junho de 2019, o registro é de queda de 0,9% contra retração de 15,3% em maio de 2020, quarta taxa negativa consecutiva. Com isso, o varejo ampliado acumulou recuo de 7,4% no ano, contra queda de 8,7% até maio. O indicador nos últimos doze meses passou de -1,0% até maio para -1,3% até junho.
Nessa base de comparação, o varejo de material de construção cresceu 22,8%. Com isso, o indicador acumulado no ano até junho (-1,9%), mostra menor ritmo de queda, quando comparado ao mês de maio (-6,7%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -0,6% em maio para 1,4% em junho, recupera trajetória positiva após um mês no campo negativo.
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