Vendas de cimento acumulam forte queda no primeiro trimestre
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), a indústria brasileira de cimento registrou, no primeiro trimestre, a venda de 14,3 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 3,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em março, a queda foi ainda mais acentuada, de 10,6% frente ao mesmo mês de 2023, com 4,9 milhões de toneladas comercializadas do produto.
O estudo revela que na comparação por dia útil (melhor indicador que considera o número de dias trabalhados e que tem forte influência no consumo de cimento), as vendas do produto registraram, em março, 216,2 mil toneladas, uma retração de 1,6% em comparação a fevereiro e de 0,5% em relação a igual período de 2023. Assim, o resultado trimestral apresentou uma redução de 1,1% ante os três primeiros meses de 2023.
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, observa que o período prolongado de chuvas intensas em diversas regiões do País somado ao menor período de dias úteis em 2024, impactou as vendas do produto. Além disso, os principais indutores do consumo de cimento continuam desacelerando em virtude da queda da renda da população e endividamento das famílias, que ainda segue próximo a 50% no limite da série histórica.
Segundo ele, o setor segue otimista com recuperação da demanda este ano, a partir da redução da Selic, do controle de inflação e a retomada de obras de infraestrutura e habitação do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). “Após registrar perdas de 3 milhões de toneladas nos anos de 2022 e 2023, a indústria brasileira do cimento mantém a projeção de crescimento de consumo do produto estimada em 2% para este ano, com um acréscimo aproximado de 1,2 milhão”, explica.
Foto: Adobe Stock