Vendas de cimento consolidam alta em outubro, aponta SNIC
Texto: Redação Revista Anamaco
As vendas acumuladas de cimento de janeiro a outubro chegaram ao montante de 45,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 3,6% sobre igual período do ano passado. Em outubro, as vendas somaram 5,2 milhões de toneladas, um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo mês de 2018. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
As vendas internas por dia útil em outubro - que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo de cimento - cresceram 0,6% em relação a setembro, e 6,9% sobre outubro de 2018. Já no acumulado do ano, o aumento foi de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos últimos 12 meses (novembro de 2018 a outubro de 2019), as vendas acumuladas atingiram 54,3 milhões de toneladas do produto, o que representa um aumento de 3,1% em comparação com o mesmo período anterior (novembro de 2017 a outubro de 2018).
O mês consolidou o crescimento no consumo de cimento após quatro anos consecutivos de queda. “O desempenho das vendas em 2019 é o início de recuperação do enorme tombo que o setor sofreu nos últimos quatro anos, quando perdemos 27%. Neste período, o setor esteve próximo de 50% da sua capacidade ociosa, com fechamento de mais de 20 fábricas”, comenta Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Segundo ele, o ano de 2019 sofreu forte influência da paralisação dos caminhoneiros ocorrida em maio do ano passado e da desaceleração econômica, que se iniciou no segundo trimestre do mesmo ano. “Somente no período da greve, deixamos de vender 900 mil toneladas, o que diretamente comprometeu o desempenho de 2018. Essa base significativamente fraca superestima o comportamento de vendas e resultados de 2019, o crescimento apresentado ainda não viabilizou abertura de nenhuma das plantas que tiverem as suas atividades encerradas no período de crise”, observa o presidente.
Penna destaca que sinais positivos começam a aparecer para a construção civil, mais concentrados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, oriundos principalmente do setor imobiliário. Porém, ele reforça que, para um crescimento mais robusto e sustentável, é preciso a reversão da continua queda do investimento em infraestrutura, cuja participação na venda de cimento já correspondeu a 25% e, hoje, representa menos de10%. “Além disso, o movimento no setor habitacional não se repete nos imóveis comerciais e industriais”, complementa.
O consumo aparente em outubro, que corresponde às vendas internas somadas às importações, totalizaram 5,2 milhões de toneladas, uma alta de 8,8% em relação ao mesmo mês de 2018. O acumulado do ano cresceu 3,4%. No comparativo dos últimos 12 meses (novembro de 2018 a outubro de 2019), a alta no consumo atingiu 3,0% em relação ao mesmo período anterior (novembro de 2017 a outubro de 2018).
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