Vendas de cimento continuam em lenta recuperação, apura SNIC
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados apurados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) mostram que as vendas internas por dia útil de cimento em maio - que consideram o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo do produto - apresentaram alta de 8% em relação a abril e 22,4% sobre o mesmo mês de 2018.
Nos últimos 12 meses (junho de 2018 a maio de 2019), as vendas acumuladas atingiram 53,9 milhões de toneladas de cimento, uma expansão de 2,8% em comparação com o mesmo período anterior (junho de 2017 a maio de 2018). Essas variações sofreram forte influência da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado, quando a indústria deixou de vender cerca de 900 mil toneladas.
Já no acumulado de janeiro a maio em relação ao mesmo período do ano anterior o crescimento é de 5,7%, totalizando 21,6 milhões de toneladas. O total de cimento vendido no Brasil, em maio, foi de 4,6 milhões de toneladas, um aumento de 27,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Segundo Paulo Camillo, presidente do SNIC, a variação foi contaminada pela greve dos caminhoneiros do ano passado quando as vendas de cimento sofreram grande baixa de 20,1%. “Maio de 2018 teve um desempenho muito ruim devido à paralisação dos caminhoneiros. Logo, esse aparente crescimento em maio de 2019 já era esperado e não reflete a realidade das vendas da indústria no momento. A expansão de 0,8% por dia útil com relação a abril de 2019 mostra que o desempenho do setor é bem mais moderado.”, completa o executivo.
O consumo aparente de cimento em maio, que compreende as vendas internas mais as importações, totalizaram 4,6 milhões de toneladas, uma alta de 27,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O acumulado em 2019 é de 5,6%.
Ao comparar o acumulado nos últimos 12 meses (junho de 2018 a maio de 2019), o crescimento do consumo atingiu 2,6% em relação ao mesmo período anterior (junho de 2017 a maio de 2018).
O desempenho do setor imobiliário continua sustentando o crescimento da indústria. “O número de lançamentos imobiliários está em ascensão e a sua efetiva edificação está servindo como base para o crescimento da indústria do cimento. Em 2018, tivemos um aumento no número de lançamentos que não se concretizaram em edificações. Por outro lado, ainda não vislumbramos nenhum movimento do setor de infraestrutura capaz de alavancar o consumo de cimento. Nossa expectativa é que com a aprovação da Reforma da Previdência a economia volte para o positivo, possibilitando um novo ciclo de crescimento”, afirma Camillo.
Foto: Adobe Stock