Vendas de cimento mantêm crescimento, revela levantamento do SNIC
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com dados apurados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas acumuladas de cimento, de janeiro a setembro, chegaram ao montante de 40,5 milhões de toneladas, um aumento de 3% sobre igual período do ano passado. Já em setembro, as vendas somaram 4,7 milhões de toneladas, um incremento de 5,3% em relação ao mesmo mês de 2018.
As vendas internas por dia útil em setembro - que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo do produto - apresentaram alta de 2,7% em comparação a agosto e de 0,7% sobre setembro de 2018. No acumulado do ano, o aumento foi de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já nos últimos 12 meses (outubro de 2018 a setembro de 2019), as vendas acumuladas atingiram 53,8 milhões de toneladas, uma elevação de 2,8% em comparação com o mesmo período anterior (outubro de 2017 a setembro de 2018).
Mesmo dentro de todo esse cenário de informações positivas, Paulo Camillo Penna, presidente da entidade, enfatiza que os resultados foram influenciados fortemente pela paralisação dos caminhoneiros no ano passado. “Por causa da greve, deixamos de vender 900 mil toneladas, sem recuperação ao longo do ano. A forte desaceleração econômica, registrada a partir de maio de 2018, também levou a um fraco desempenho no ano passado. Isso tem projetado para cima os resultados de 2019, o que acaba superestimando o crescimento de vendas da indústria”, afirma.
O consumo aparente de cimento em setembro, que corresponde as vendas internas mais as importações, totalizaram 4,8 milhões de toneladas, uma alta de 5,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O acumulado do ano cresceu 2,8%. Ao comparar os últimos 12 meses (outubro de 2018 a setembro de 2019), o crescimento no consumo atingiu 2,6% em relação ao mesmo período anterior (outubro de 2017 a setembro de 2018). ”As pesquisas de mercado têm mostrado uma retomada dos lançamentos e das vendas de imóveis de classe média e alta, movimento mais concentrado na Região Sudeste, especialmente em São Paulo. A redução das taxas de juros para imóveis residenciais deverá manter a sustentação da demanda por construções imobiliárias. O setor da infraestrutura continua sob pressão, devido ao contingenciamento dos recursos orçamentários e às dificuldades fiscais dos três níveis de Governo.”, finaliza o executivo.
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