Vendas de cimento recuam
Texto: Redação Revista Anamaco
Em janeiro, as vendas de cimento no Brasil totalizaram 4,8 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2023 e uma alta de 5,9% sobre dezembro passado. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).
Segundo o levantamento, por dia útil, que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo, a comercialização de cimento foi de 198,6 mil toneladas em janeiro e, representa uma retração de 2,1%, comparado ao mesmo mês do ano anterior e de 0,6% em relação a dezembro de 2023.
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, observa que o setor segue impactado pelos juros e o endividamento elevados que exercem pressão na situação financeira e no consumo das famílias, contribuindo, inclusive, para a queda na confiança do consumidor mês de janeiro.
Paralelamente, o mercado da construção continua em queda, tanto na venda de material, quanto no número de lançamentos imobiliários. No entanto, o índice de confiança do setor manteve-se relativamente estável.
Segundo ele, ainda que o cenário do ano seja incerto, a indústria do cimento segue otimista com a retomada dos investimentos em infraestrutura e com a possibilidade de elevar a presença do cimento e do pavimento de concreto como opção nas licitações de ruas, estradas e rodovias. Fatores como esses levam a uma projeção de crescimento de consumo do produto para este ano. “A expectativa para 2024 é positiva, com crescimento esperado de 2%, longe ainda de recuperarmos as perdas acumuladas de 4,3% em 2022 e 2023. O aumento da massa salarial e do crédito, em razão da continuidade da redução dos juros, o programa “Desenrola”, MCMV e o Marco Legal das Garantias de Empréstimos, deverão impulsionar a atividade da construção e uma melhor performance da indústria do cimento”, avalia.
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