Ano difícil

Texto: Redação Revista Anamaco

As vendas de cimento no mercado interno, entre janeiro e outubro, totalizaram 44,2 milhões de toneladas, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). O montante representa queda de 1,5% frente ao mesmo período do ano passado. 
Em 12 meses, as vendas acumuladas registraram 52,6 milhões de toneladas. O volume é 2,4% menor em relação ao observado no período de novembro de 2016 a outubro de 2017. Já em outubro de 2018 foram vendidas 4,8 milhões de toneladas, quantidade 5,2% superior às vendas de outubro do ano passado.
Na comparação por dia útil - melhor indicador da indústria por considerar o número de dias trabalhados, que tem forte influência no consumo de cimento - as vendas do produto no mercado interno em outubro tiveram um aumento de 0,9% em comparação a outubro de 2017, e queda de 5,2% sobre setembro deste ano. 
O consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 44,4 milhões de toneladas entre janeiro a outubro. O resultado representa queda de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o acumulado nos últimos 12 meses (novembro de 2017 a outubro de 2018), a queda foi de 2,6% sobre igual período anterior (novembro de 2016 a outubro de 2017). 
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, observa que apesar das vendas de outubro terem avançado 5,2% em relação a igual período de 2017, o desempenho não é suficiente para alterar a situação do setor cimenteiro. “A indústria do cimento ainda sente o reflexo da crise econômica, que foi agravada pela greve dos caminhoneiros e pela permanente desconfiança de consumidores e empreendedores. Portanto, o movimento de recuperação não foi sentido na economia real”, diz Penna. 
Segundo ele, tudo indica que as expectativas para 2018 serão mantidas, ou seja, a indústria fechará o ano com queda entre 1% a 2%. Apesar disso, já há sinais de otimismo com o incremento de projetos e lançamentos imobiliários no mercado brasileiro como um todo, além do natural otimismo com os novos governos que terão início a partir de janeiro do ano que vem. 

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