Vendas de cimento sobem em maio e acumulam ligeira alta no ano, aponta SNIC
Texto: Redação Revista Anamaco
Pelo segundo mês consecutivo, o mercado de cimento experimenta volatilidade e o desempenho de vendas não sofre uma queda abrupta como reflexo da crise. De acordo com dados apurados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), maio seguiu a tendência de abril e contou com um volume de vendas de 4,8 milhões de toneladas do produto, 3% a mais do que em maio de 2019. Nos primeiros cinco meses do ano, entretanto, houve uma queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2019.
Em maio, o volume de vendas por dia útil foi de 212 mil toneladas, um aumento de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 13,7% em comparação a abril. No acumulado do ano, há uma alta de 0,9% sobre o mesmo intervalo de 2019.
Segundo o SNIC, esses números estão sob o efeito da continuidade das obras imobiliárias formais, conforme demostram estudos de entidades ligadas ao setor, dos reflexos das medidas de auxílio emergencial familiar por parte do governo, além do uso de reservas pessoais (poupança) para pequenas obras e reformas. “Tais fatores, somados a uma inflação baixa, tem sustentado a massa salarial, o que, aliado ao fato de as pessoas permanecerem mais em casa, impulsionou a chamada autoconstrução, realizadas pelo proprietário”, observa Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato.
Penna explica que outro fator a ser levado em conta é que, após um início de ano bastante chuvoso, os meses de abril e maio foram secos e muito das vendas do cimento que, haviam sido represadas no começo do ano pelo varejo e pelas construtoras, escoaram no período. "As vendas estão sendo sustentadas, em sua grande maioria, pelo mercado imobiliário residencial e isto impõe cautela do setor para o futuro. Precisamos diversificar a fonte de consumo, principalmente com a retomada das obras de infraestrutura. Só assim conseguiremos destravar a baixa demanda e reduzir o prejuízo dos últimos anos", finaliza Penna.
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