Vendas do comércio de material de construção têm leva alta em julho
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoios às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar o resultado do Termômetro Anamaco de julho.
A pesquisa, analisada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), foi realizada em um momento em que o setor olha com mais esperança para o futuro, depois do corte na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Com o corte de 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros passou para 13,25% ao ano. A medida foi bem recebida e é uma boa notícia quando se olha para os próximos meses, quando o crédito deverá ficar mais barato, favorecendo o varejo em geral, o que inclui as vendas de material de construção, especialmente aquelas parceladas no cartão de crédito.
Em paralelo, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela FGV Ibre, subiu 2,5 pontos em julho, chegando a 94,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2019. Outra boa notícia para o varejo. Todo esse quadro se refletiu nos resultados do Termômetro, marcados por um otimismo cauteloso por parte dos varejistas de material de construção.
Nesse cenário, a pesquisa mostra que as assinalações de alta nas vendas correntes, em julho, subiram um ponto percentual, passando de 25% no mês anterior para 26% das respostas em nível nacional. No outro extremo, as assinalações de queda recuaram de 28% para 22% no mesmo período. Na comparação com julho de 2022 houve relativa estabilidade. Naquele momento as avaliações otimistas sobre as vendas correntes foram 29% do total de respostas, enquanto as pessimistas foram de 26%.
Com esses resultados, o indicador de vendas voltou ao campo do otimismo (acima de 100 pontos), passando de 97 pontos para de 104 pontos entre junho e julho. Graças a isso, a média móvel trimestral do indicador de vendas correntes também registrou melhora, passando de 96,3 pontos para 104,7 pontos. Em igual mês do ano passado, esse mesmo indicador de vendas correntes havia sido de 103 pontos.
Ao fazer uma análise regional, o estudo revela uma dinâmica variada entre junho e julho no que se refere à avaliação das vendas correntes. O Sudeste foi a única região na qual as assinalações de alta avançaram, passando de 19% para 28% na comparação com o mês anterior. Em todas as demais, o indicador recuou, passando de 24% para 19% no Sul, de 44% para 24% no Norte, de 30% para 26% no Nordeste e de 39% para 28% no Centro-Oeste.
Em nível nacional as expectativas para as vendas nos próximos três meses oscilaram pouco, passando de 65% para 66% entre junho e julho. Em julho de 2022, esse indicador era de 58%.
No recorte regional, houve queda nas respostas otimistas no Sudeste (de 63% para 58%) e alta em todas as demais regiões: de 62% para 67% no Sul, de 71% para 76% no Norte, de 71% para 77% no Nordeste e de 66% para 72% no Centro-Oeste.
O indicador de expectativas seguiu firme acima do nível de neutralidade (100), passando de 158 pontos para 161 pontos entre junho e julho. Com isso, a média móvel trimestral também registrou pequena alta, passando de 155,7 pontos para 158,3 pontos no mesmo período.
Já os resultados do Tracking Anamaco relativos às expectativas para as ações do governo nos próximos doze meses seguiram a tendência dos últimos meses com pequenas variações. Em julho, a percepção dos varejistas de material de construção apresentou alteração discreta na comparação com o mês anterior. A parcela de assinalações otimistas foi idêntica aos dois meses anteriores (38%) enquanto as pessimistas oscilaram apenas um ponto percentual, passando de 26% para 27%.
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