Vendas do comércio varejista crescem 3,2% em maio
O faturamento das vendas do comércio da região metropolitana de São Paulo registrou alta de 3,2% nas vendas em maio, no contraponto ao mesmo período de 2007, segundo apurou a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). No acumulado do ano, o varejo acumula alta de 5,9%. A elevação foi sustentada pelas vendas do dia das Mães, a segunda melhor data para o comércio, perdendo apenas para o Natal. A oferta de crédito, embora sob ameaça de restrições, como alternativa de contenção da inflação, também influenciou diretamente nesse resultado. De acordo com a entidade, o varejo está vivendo um momento de definições, fortemente vinculado às ações que serão tomadas no sentido de manter a inflação sob controle. Os resultados das vendas serão importantes para definir de forma mais clara a tendência do comércio até o final do ano. A característica do consumidor brasileiro é reagir de forma imediata a ações que tenham repercussão sobre a sua renda e sobre suas expectativas: alterações no acesso ao crédito e redução da renda real, seja por elevação de imposto ou aumento da inflação, podem mostrar reflexos imediatos nos próximos meses sobre o movimento das vendas.As lojas de material de construção continuam em trajetória de crescimento e registraram, em maio, alta de 3% em relação ao mesmo período de 2007. Entre os fatores que contribuíram para este resultado estão o crédito para habitação, a melhoria de renda dos trabalhadores e o aquecimento direto do mercado imobiliário. No acumulado do ano, o crescimento foi de 14,3%. Apesar do desempenho positivo, a expectativa é que o faturamento tenha uma queda nos próximos meses, devido a alta da inflação, que pode impactar o consumo das famílias brasileiras a itens do segmento. Além disso, a restrição de caminhões na cidade de São Paulo, que afeta diretamente a entrega dos produtos. Muitos materiais não poderão ser transportados pela própria limitação de tamanho e de peso dos veículos, o que implica em aumento de custos por parte das empresas, e conseqüentemente, poderá ser sentido no bolso dos consumidores. A PCCV é apurada, mensalmente, pela Fecomercio e os dados são coletados junto a cerca de 1.800 estabelecimentos comerciais na região metropolitana de São Paulo.
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